O oportunismo dos revendedores de gás de cozinha na pandemia

O oportunismo dos revendedores de gás de cozinha na pandemia

Revendedores de botijão de gas de cozinha aproveitam a crise do coronavírus para reajustarem preços


O oportunismo dos revendedores de gás de cozinha na pandemia
Prática abusiva dos preços do gás de cozinha na pandemia do coronavírus


Em toda crise seja epidêmica ou não, surgem os oportunistas de carreira. Esses canalhas, pouco importa se o cidadão atravessa momentos difíceis, para eles, o que interessa é lucrar. Com a pandemia global do coronavírus, o preço do petróleo que vinha em baixa, despencou, e um dos seus derivados, o gás de cozinha, continua a decolar e chega a custar até R$ 115 para a população de algumas regiões do país.

O preço dos botijões de 13 kg, atualmente, está subindo mais do que aconteceu com o óleo diesel nos meses que antecederam a greve dos caminhoneiros. Além disso, a alta do botijão acontece justamente num momento de desvalorização do petróleo. Na prática, significa que a população, principalmente a de baixa renda, está sendo penalizada hoje do que no período da crise do diesel.

Em tempo de pandemia do coronavírus, que motivou o isolamento social, o consumo disparou, mas não aponto de sofrer reajustes. Segundo Sindigás, representante das distribuidoras, diz que, em média, o preço se mantém estável. “Altas expressivas são por conta do oportunismo de alguns revendedores.”. Afirmou ao portal de noticias O Estado de S.Paulo.

Com preços do petróleo caindo pela metade. Na segunda quinzena de março/2020, a Petrobras reduziu preço de gás de cozinha na refinaria em 5%, por consequência deveria chegar ao consumidor final. Mas não foi isso que aconteceu. Os revendedores resolveram irem à contramão da queda nos preços e promoveram reajustes, usando a pandemia do coronavírus como pano de fundo para aumento abusivo.

Os revendedores de Itapetinga não são diferente a do resto do país, por aqui, os preços do gás de cozinha, vêm sofrendo reajustes abusivos a tempo. Sem fiscalização no setor, os preços seguem o padrão de ‘Cartel’, a diferença de preço de uma revendedora para outra é praticamente inexistente. No município a comercialização está em torno de R$ 75 a 85 reais, podendo chegar a R$ 90 por botijão de gás.

Para estimular ainda mais a lucratividade, os revendedores itapetinguenses, se banham na prática agiota, e abrem linhas de crediário para compra do gás de cozinha, o que fazem faturar em tono de 15% a 20% mais no preço por botijão mês. 

Na Câmara Municipal de Itapetinga, por diversas legislaturas sempre houve esforço de alguns vereadores tentarem desbaratar o ‘Cartel do Gás’ no município sobre ameaça de uma ‘CPI do Gás’(Comissão Parlamentar de Inquérito). Geralmente, esses vereadores só ficam na tentativa, com passar do tempo, são convencidos por donos de revendedoras a não seguir em frente com a CPI.