Dono da Ricardo Eletro é preso por sonegação e lavagem de dinheiro

Dono da Ricardo Eletro é preso por sonegação e lavagem de dinheiro

Força Tarefa apontou que o fundador da Ricardo Eletro sonegou ao logo de 5 anos mais de R$ 400 milhões em impostos.

 

Dono da Ricardo Eletro é preso por sonegação e lavagem de dinheiro
Ricardo Nunes, fundador da rede varejista Ricardo Eletro


O dono da gigante do varejo no Brasil, Ricardo Nunes, fundador da rede varejista Ricardo Eletro, foi preso no estado de São Paulo, em operação de combate à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. 

Outras duas pessoas foram presas na Região Metropolitana de BH: a filha de Ricardo, Laura Nunes, e o irmão dele, Rodrigo Nunes. A operação recebeu o nome de "Direto com o Dono". De acordo com as investigações, aproximadamente R$ 400 milhões em impostos foram sonegados ao longo de cinco anos.

Além dos três mandados de prisão, a operação cumpre também 14 mandados de busca e apreensão. Em Minas Gerais, os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Belo Horizonte, Contagem e Nova Lima. Em São Paulo, há alvos na capital e em Santo André.


Fundador da Ricardo Eletro é preso em operação contra sonegação fiscal e lavagem de dinheiro 


A força-tarefa composta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pela Receita Estadual e pela Polícia Civil, afirmou que a rede de varejo cobrava dos consumidores, embutido no preço dos produtos, o valor correspondente aos impostos, mas não fazia o repasse. O órgão informou ainda que a empresa se encontra em situação de recuperação extrajudicial, sem condições de arcar com dívidas.

Os bens imóveis de Ricardo Nunes não estão registrados no nome dele, mas de suas filhas, mãe e de um irmão. Ainda segundo a força-tarefa, o crescimento do patrimônio individual do principal sócio ocorreu na mesma época em que os crimes tributários eram praticados, caracterizando lavagem de dinheiro.

Além dos mandados de prisão, a Justiça determinou o sequestro de bens imóveis de Ricardo, avaliados em cerca de R$ 60 milhões, para ressarcir danos causados ao estado de Minas Gerais. (conteúdo Portal G1)