Itapetinga dá inicio ao ‘toque de recolher’ em meio a incertezas se dará certo

Itapetinga dá inicio ao ‘toque de recolher’ em meio a incertezas se dará certo

Em mais uma tentativa de conter eminente explosão de casos da Covid em Itapetinga, 'toque de recolher' já é visto com desconfiança.


Centro comercial de Itapetinga na Bahia


As iniciativas do prefeito de Itapetinga, Rodrigo Hagge (MDB), e seu ’Gabinete de Crise’, em tentar conter o avanço do novo coronavírus no município, entra em sua fase pré-decisiva, com medidas mais duras como o ‘toque de recolher’, que antecede a versão mais rígida do distanciamento social, é quando a recomendação se torna severa e obrigatória, o “Lockdown”.

Hoje (2) entra em vigor o Decreto Municipal, que estabelece o ‘toque de recolher’ na cidade, a partir das 19h às 05:00hs. A medida obriga os cidadãos a ficarem em suas casas, devendo sair só em caso de emergência ou nos casos de trabalhadores na área da saúde e de serviços essenciais.

Com as novas medidas, o Decreto estabelecer horários de funcionamento para o comércio que deverá funcionar das 08h às 14h. Apenas serviços essenciais como supermercados e farmácias poderão funcionar até às 16h. As feiras livres funcionarão até às 12h. As academias poderão funcionar, também, até às 16h, proibidas as atividades coletivas como aulas de dança e ginástica aeróbica. Sob pena de pagar uma multa por descumprimento das medidas de R$ 173,50.

A nova tática do morder e assombrar do prefeito Rodrigo Hagge, que mantem medidas de restrições de isolamento social e ao mesmo tempo libera grande parte das atividades comerciais do município, pode tornar o ‘toque de recolher’ uma medida ineficaz na contenção do vírus no município.

Prova disso, foram as cidades do interior baiano que usaram e continuam adotando esse mecanismo paliativo, do ‘toque de recolher’, decretado pelo governador Rui Costa para reduzir a curva de contaminação pelo novo coronavírus. A manobra do governador petista, não conteve o avanço da Covid-19, por sinal, os números destas cidades continuam em plena ascensão do contagio.

Os erros são simples, a população saem as ruas durante o dia no período de comércio aberto, retornando para sua casas onde são obrigados a não saírem no horário da noite e retornando as ruas no dia seguinte. Na prática, a população se infectada durante o dia, leva a doença para suas casas a noite.

Sem uma vida noturna agitada, Itapetinga encara um ‘toque de recolher’, com desconfiança, os horários estabelecidos pelo Decreto Municipal, já impõem aos cidadãos do município um recolhimento obrigatório devido ao frio do inverno. Única salva guarda que possa contribuir para alguma coisa, seria a redução do horário do funcionamento do comércio. Fora isso, as coisas ficam no mesmo.

Nas redes sociais, o decreto do 'toque de recolher' é criticado pela maioria, que avaliam que a medida não traria muito resultado devido a exposição de pessoas no decorrer do dia. A noite essa imensa massa estaria em casa protegendo do frio e chuva além de estarem dormindo. 

Itapetinga vai para o 'toque de recolher' com números alarmantes, segundo dados divulgados pela Secretária de Saúde, Itapetinga registrou na quarta (1). 404 casos confirmados da Covid-19, 11 óbitos, 37 suspeitos e 413 monitorados.

A estratégia do ‘vai que dá certo’ do prefeito Hagge, é uma forma de conciliar o faturamento do comércio em meio à pandemia viral. O problema, é que o prefeito não combinou com a Covid-19, essa tática, já que o vírus letal não respeita as leis dos homens.

Certo mesmo, no enfrentamento a Covid-19 foram os europeus, que cumpriram o dever de casa, determinaram o isolamento social rígido é hoje abrem a economia para mundo até com aceitação de turistas, menos, claro, do Brasil e dos EUA que desdenharam da doença viral e pagam um preço alto na pandemia com recorde de mortes e infectados diariamente.