Pelo apoio a Hagge, pastores exigem mais que terrenos, deseja mudança no horário de 'toque de recolher'.
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| Encontro do Prefeito de Itapetinga, Rodrigo Hagge com membros da associação de Pastores na segunda Igreja Batista. Foto extraída do Blog do Soares. |
“É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a vida eterna”? Pois é, trata-se de um trecho da lindíssima oração de São Francisco de Assis que, independentemente da religião que se siga, essas frases trazem uma paz de espírito indescritível para qualquer um de nós. Porém para alguns pastores, esquecem o significado da frase é ficamos no “dando que se recebe”.
Uma reunião formalizada por grupo de pastores que fazem parte de uma associação evangélica chamada de OMEI (Ordem dos Ministros Evangélicos de Itapetinga). Selou praticamente na quinta (16), apoio a reeleição do prefeito Rodrigo Hagge (MDB) na eleição de novembro.
A OMEI detém hoje, cerca de cinquenta pastores evangélicos, juntos, é rebanhado em torno de 7 a 10 mil fieis. Números de adeptos a fé cristã evangélica abençoados para qualquer político que tenta uma mandato na eleição.
Na reunião realizada na 2ª Igreja Batista, cercado de pastores em tempo de pandemia viral com o prefeito de Itapetinga, não se tratou abertamente de terrenos públicos para Igrejas evangélicas, já que esse assunto é delicado para se tratar em público. O encontro ficou por conta da crise provocada pelo novo coronavírus.
O IDenuncias revelou, que em fevereiro deste ano [2020], o prefeito Rodrigo Hagge enviou para Câmara de Vereadores projetos de leis que doa terrenos de áreas públicas para construção de Igrejas evangélicas. Entraram no pacote, um terreno para a mesma associação que declarou apoio. A OMEI foi abençoada com uma área pública generosa em metros quadrados no Loteamento ‘Quinta do Sul’. De acordo o projeto de Lei nº 002/2020 via PDF.
A boa fé cristã do prefeito Hagge para com os pastores foi celebrada, mesmo o gestor público sabendo que a legislação não permite doação de áreas públicas em ano eleitoral. A manobra para agradar pastores, contou com apoio de vereadores da bancada do prefeito na Câmara Municipal, que mantém os projetos em tramitação sem apresentar parecer de inconstitucionalidade, devido à lei eleitoral. Mesmo se Hagge conquiste a reeleição terá que enviar novo projeto de lei de doação. A manutenção na Câmara é vista como uma garantia que o prefeito está disposto a fazer as doações de terrenos públicos as igrejas e associação evangélica.
A palavra ‘dar’ na Bíblia é reflexo da generosidade de quem não busca interesses pessoais e de quem está preocupado com o próximo. Quando estamos dispostos em dar algo sem pensar em retorno Deus derrama ainda mais bençãos em nossa vida. Mas essa reflexão não é exatamente o que ocorre nessa pandemia por alguns pregadores cristãos. Pastores cobraram do prefeito medidas de afrouxamento do já afrouxado decreto municipal do ‘toque de recolher’. Tudo em troca de apoio político.
Acreditem! Pastores querem que o prefeito Hagge estenda os horários de restrições de insolamento social das 19:00hs às 05:00 para 22:00hs às 5hs. Segundo Informação de site ligado ao prefeito Hagge, o Blog do Soares. E pelo jeito o prefeito esta inclinado a ceder os desejos dos pastores.
Com havia afirmado o IDenuncias a atual medida de ‘toque de recolhe’ iria dobra números de pessoas infectadas e mortes no município. Quando o IDenuncias publicou, havia 417 e 11 mortos, hoje, (17/julho), chegamos a 602 e 20 óbitos. Dados persistem é não dão sinais de cederem nos próximos dias ou meses.
Como é de conhecimento de todos, as igrejas evangélicas sobrevivem exclusivamente dos preciosos dízimos, precisam dos fiéis presentes nos cultos ou se não as portas dos templos evangélicos fecharão. O atual horário é empecilho para a fatura dos pastores que exigem o ‘dando que recebe’ mesmo que para isso custem vidas de cidadãos na pandemia.
