Eles ajudaram a moldar o desastroso discurso de Bolsonaro na ONU

Eles ajudaram a moldar o desastroso discurso de Bolsonaro na ONU

O quarteto palaciano que contribuiu no polêmico discurso do presidente Bolsonaro na ONU.


Eles ajudaram a moldar o desastroso discurso de Bolsonaro na ONU
Na imagem: General Augusto Heleno, Felipe Martins, Ernesto Araújo e Almirante Flávio Augusto Rocha.


Não há como negar que o discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU, foi um desastre do tamanho das chamas que devoram as florestas Amazônia e Pantanal. O discurso que deveria acalmar os investidores estrangeiros e líderes mundiais estarreceu, e foi capaz de matar os brasileiros de vergonha mundo afora.  

O perturbador discurso do presidente Bolsonaro redigido exclusivamente para seus fanáticos seguidores e não para comunidade internacional, não teve o cuidado de pelo menos checar as fontes do conteúdo escrito. 

Seu discurso teve de tudo, de mentiras, distorções, exageros e teorias conspiratórias. A tal ponto de culpar os índios pelas queimas nas florestas e livrar ao mesmo tempo a cara dos fazendeiros, grileiros e garimpeiros que andam destruído as reservas ambientais, por terras, criação de gado e na busca do ouro e pedras preciosas.

Sobre a pandemia que já matou quase 140 mil pessoas, o presidente preferiu se esquivar da responsabilidade pelos óbitos. Atacou a imprensa, que teria “disseminado pânico”. De quebra ainda fez propaganda do seu medicamento de estimação a cloroquina. Isso, diante aos olhos de líderes mundiais. Estudos comprovaram a ineficácia da droga contra a covid-19.

Bolsonaro ainda contrariou a Constituição ao afirmar que o país é ‘Cristão’. A Constituição estabeleceu que o Estado brasileiro é laico, isso, é quando promove oficialmente a separação entre Estado e religião. O Estado laico trata todos os seus cidadãos igualmente, independentemente de sua escolha religiosa, e não deve dar preferência a indivíduos de certa religião.

Mas para que esses besteiróis mentirosos e fantasiosos fossem dito pelo presidente a ONU, tiveram a contribuições de quatro auxiliares: Filipe Martins, Augusto Heleno, Ernesto Araújo e do secretário especial de Assuntos Estratégicos, almirante Flávio Augusto Rocha. Os quatro, e mais Bolsonaro, se reuniram para moldar o tom do discurso e as informações ditas na abertura da Assembleia Geral da ONU. Segundo o colunista Lauro Jardim/O Globo.

Felipe Martins ganhou fama no governo Bolsonaro por chefiar um gabinete, no 3º andar do Palácio do Planalto, a sala 315 abriga o codinome “Gabinete do Ódio” oficialmente, Assessoria Especial. Filipe cumpre a função de manter viva a cruzada conservadora bolsonarista entre a militância de extrema direita. Felipe Martins está na mira da CPI das Fake News e em inquérito no STF sobre ataque a ministros da Suprema Corte.

General Augusto Heleno, esse fieis escudeiro do presidente foi pivô de diversas polêmicas no governo Bolsonaro. Heleno bateu de frente com o Congresso Nacional e STF, e quando percebeu que tem a palavra final é o judiciário recolheu como uma tartaruga, e hoje, tem evitado criar novas tensões entre os poderes.  

Ernesto Araújo, o chanceler brasileiro que conseguir o que os seus antecessores não conseguir fazer desde que o Brasil virou republica, arranhar a imagem do País perante o mundo. Entre as diversas polêmicas, Araújo quase detonou a relação diplomática entre Brasil e China, ao acusar os chineses de serem culpada pela disseminação da pandemia causada pelo novo coronavírus. O chanceler apelidou a covid-19 de “comunavírus” e disse que a doença é uma “coisa da China”, que teria o propósito de dominar outras nações. A fala do ministro colocou em risco a continuidade das relações comerciais entre os países. A China é a nossa maior parceira comercial.

Almirante Flávio Augusto Rocha, esse ainda não provocou polêmica, mas assume cargo chave no governo é secretario de Assuntos Estratégicos, sua missão é ajudar o presidente na coordenação das ações do governo. Se o discurso de Bolsonaro foi uma estratégia de governo é preciso que almirante mude imediatamente de cargo. 

Essas polêmicas figuras que ajudaram a escrever o discurso de Bolsonaro, superaram os aloprados do PT, aquele em que petistas foram presos em São Paulo, às vésperas das eleições de 2006, quando se preparavam para comprar um dossiê fajuto que serviria para enredar o então candidato José Serra (PSDB). A diferença entre os aloprados petistas para os bolsonaristas está no impacto da vergonha que os brasileiros passaram, a do petista foi por aqui mesmo, já o do Bolsonaro foi diante o Mundo. Haja vergonha.