Empregos na Prefeitura poderá ser a moeda de troca entre prefeito e vereadores na escolha do presidente da Câmara.
Terá um preço os pedidos de votos do prefeito Rodrigo Hagge (MDB) ao novo presidente Câmara de Itapetinga a vereadores. E o custo será emprego de correligionários na Prefeitura. |
Qualquer prefeito reeleito celebraria uma vitória em Itapetinga com quase 24 mil votos, resultado nas urnas que levaria a uma hegemonia politica invejável, que atrairia até adversários para uma aliança diante da demonstração de força. Isso seria perfeito, se não fosse uma eleição atípica, por conta da pandemia que provocou abstenção recorde que aproximou dos 30% do eleitorado do município. E mais um detalhe, se seus adversários opositores não fossem políticos ruins de votos e rejeitados por grande parte da população.
Assim é o prefeito Rodrigo Hagge (MDB), que conquistou uma reeleição, sem adversários que pudesse levar uma lutar de igual por igual. O prefeito Hagge, vinha registrado alto índices de rejeição, mas a falta de opção de candidatos opositores levou os eleitores a direcionar os votos ao emedebista.
Sem ofuscar o brilho diante votação expressiva, Hagge encontrará muita resistência na Câmara de Vereadores a partir de 2021, e não serão poucas, a começar por sua base de sustentação, onde mantê-la inteira após escolha do novo presidente será impossível.
A eleição do novo comandante da Câmara de Itapetinga em 1 de janeiro 2021, provocará atritos futuros, e será o calcanhar de Aquiles da administração Hagge, afinal o prefeito não será candidato na próxima eleição e poderá sofrer do mal súbito que contaminou a oposição nessa eleição em apresenta um candidato ruim de voto em tempo pós-pandemia.
O amanhã da base aliada de Hagge na Câmara, que em boa parte contraíram o vírus da "promessa" de emprego a eleitores, será a principal reivindicação no compromisso por voto em candidato escolhido pelo prefeito a presidente da Câmara. Se não tive emprego para todos, os problemas começarão para o prefeito. Já que vereadores jamais explicitará interesse em cargos, e descontará em criticas e em insultos a administração acusando-o de não estar fazendo nada pelo município.
Assim é jogo da política, ora em defesa dos intenses particulares, ora de interesses públicos. Hagge terá que lotear a Prefeitura de Itapetinga com cargos políticos se quiser administrar, ou caso contrário, terá uma Câmara que só se revelará no segundo semestre de 2021, onde os insatisfeitos darão as caras de ex-aliados arrependidos com ares renovados de oposição. Isso tudo, por um pedido de voto a presidente da Câmara.