Hagge humilha vereadores do MDB com a presidência de Léo Matos

Hagge humilha vereadores do MDB com a presidência de Léo Matos

Vereadores do MDB tem dia de humilhação em cerimonia de posse com eleição de Léo Matos presidente da Câmara.

Hagge humilha vereadores do MDB com a presidência de Léo Matos
Vereadores elege Léo Matos (PSD), como novo presidente da Câmara Municipal de Itapetinga. Foto extraída do Sudoeste Hoje.


Ontem (1), teve posse do prefeito, vice e de vereadores eleitos, seria mais um dia que entraria para história da nossa democracia, após uma eleição atípica por conta da pandeia da Covid-19. Pelo que se viu na cerimônia o vírus não apenas colocou a humanidade de joelhos como também os 5 vereadores eleitos pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), com articulação do prefeito Rodrigo Hagge (MDB), que impôs aos seus parlamentares de legendas uma humilhação histórica ao determina o voto de presidente da Câmara de Itapetinga, a Léo Matos (PSD).

Relatos colhidos nos bastidores da Câmara Municipal de Itapetinga, expressas o duro golpe do prefeito Hagge em seus vereadores do MDB, que na eleição a legenda partidária conquistou cinco cadeiras no Parlamento, ao receber mais de 10 mil votos. Expressiva votação que não serviu de nada na hora de galgar a cadeira mais importante do Legislativo Municipal, que é a de presidente.

O IDenuncia havia antecipado a estratégia ardilosa do prefeito Hagge, que exigiu dos seus vereadores emedebista o voto a Léo Matos e determinou ao mesmo tempo, que nenhum vereador do seu partido lançasse candidatura a presidência da Câmara. Com recado curto e grosso de Hagge, os Parlamentares do MDB simplesmente acataram sem manifestar as suas insatisfações como nome escolhido pelo prefeito. Como diz o Ministro da Saúde, após bronca do presidente Bolsonaro “É simples assim, um manda e outro obedece”.

A presidência de Léo Matos é um arranjo do prefeito Hagge, por recursos injetados pelo deputado federal Antônio Brito (PSD) na campanha emedebista. Arranjo esse, não combinado com vereadores do MDB, Manu Brandão, Luciano Almeida, Eliomar (Tarugão), Peto e João de Deus, que juntos somaram 50% dos votos do partido.

Mas houve uma tentativa do prefeito Hagge, em amenizar a humilhação imposta aos seus vereadores, ao oferecer as migalhas de cargos da Mesa Diretora considerada secundária como as de 2º secretário e vice-presidente, que foram ocupadas pelos vereadores Antônio Carlos Gomes (Tuca), do Republicanos e Anderson da Nova (DEM). Pelos relatos de bastidores, os cinco vereadores do MDB recusaram a proposta do prefeito em fazerem parte de uma Mesa Diretora com Léo Matos no comando.

No transcorrer da eleição da Câmara, os vereadores de oposição Valdeir Chagas (PDT), Tiquinho Nogueira (PDT) e Sibele Nery (PT), decidiram abster do direto de votar, por se tratar de Léo Matos em chapa única. Matos, só recebeu voto de um opositor, o sindicalista Genison Feitosa (Gegê), do PSB. A nova Mesa Diretora ficou assim, Presidente: Léo Matos; Vice-presidente: Anderson da Nova; 1º secretário: Neto Ferraz (PSC); 2º secretário: Antônio Gomes (Tuca).

A rejeição a Léo Matos é gritante no MDB e DEM, legendas que são sustentáculo da gestão Rodrigo Hagge. Mesmo assim, o prefeito decidiu encarar a briga, afinal ele é dono da canetada em nomeações de cargos de confiança, fato, que por si só, já justifica a humilhação.