Pressa do líder de Bolsonaro na Sputnik V é que laboratório é ligado ao Centrão

Pressa do líder de Bolsonaro na Sputnik V é que laboratório é ligado ao Centrão

Interesse do líder de Bolsonaro na Câmara pela vacina russa não é com a pandemia, mas com laboratório de amigo do Centrão.  


Pressa do líder de Bolsonaro na Sputnik V é que laboratório é ligado ao Centrão
Pressa do deputado federal na aprovação pela ANVISA na vacina russa Sputnik V, seria para beneficiar laboratório ligado ao ex-deputado Rogério Rosso, político do Centrão.


Quando se fala em alto preço que será cobrado pelo apoio do Centrão ao governo Jair Bolsonaro, não se trata meras metáforas anti-bolsonarista, mas sim, do que é, e sempre será o grupo de partidos quem em sua maioria há membros envolvidos diretamente em atos corruptos e cercados por ações judiciais.

Assim é o Centrão do presidente Jair Bolsonaro, que um dia prometeu jamais aliar-se aos corruptos da aliança de legendas partidárias, mas aliou, e se tornou próximo, aponto de apoiar e eleger um líder deles a ser presidente da Câmara dos Deputados. 

Com faturas ainda por vim: cargos, verbas e mais poder, o Centrão já mostrou suas garras e seu apetite de tirar vantagem de onde vier, e veio, com o deputado Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, ameaçou “enquadrar” o almirante Antonio Barra Torres, presidente da Anvisa. Esbravejou contra as exigências para o registro da vacina russa Sputnik V. “Estão achando que eu sou trouxa?”, desafiou, Barros.

A pressa de Barros não parece ser motivada pelo avanço do vírus. A Sputnik V será produzida no Brasil pelo laboratório União Química, ligado a políticos do Centrão. Um dos diretores da empresa fármaco é o ex-deputado Rogério Rosso, que disputou a presidência da Câmara em 2016. Ele era o candidato de Eduardo Cunha, e muito ligado a Lira, novo presidente da Câmara dos Deputados.

O ex-deputado Rosso, responsável pela oferta da Sputnik V ao Brasil, afirmou que a oferta é um fato aleatório, “a existência de uma fábrica com equipamentos iguais aos usados para fazer o imunizante, que aproximou a vacina russa do país e não seu trânsito político”. Disse o ex-político do Centrão.

De acordo com O Tempo, o interesse do governo de Jair Bolsonaro pela vacina e a provável mudança de regra da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permitindo a adoção sem ensaios de fase 3 (finais) no país, virou moeda corrente em Brasília que enfim havia chegado a "vacina do Centrão".

O líder de Bolsonaro, Barros já recebeu visitas da Polícia Federal em em duas ocasiões, e uma delas: cumprimento de mandato de busca e apreensão no escritório do deputado federal, em Maringá, no norte do Paraná, por suposto desvio de dinheiro na compra de equipamentos. Ministério Público do Paraná acusa de ter recebido o pagamento de R$ 5 milhões em propina ao intermediar negócios junto à Copel, a estatal de energia do Paraná. A base das acuações foram feitas por delatores da construtora Galvão Engenharia. Esse é o escudeiro do presidente Bolsonaro. "Quem ti viu, quem ti vê".