Youtube remove 2,9 milhões de vídeos em sua maioria de bolsonaristas

Youtube remove 2,9 milhões de vídeos em sua maioria de bolsonaristas

Vídeos removidos pelo YouTube de brasileiros, maioria é ligados ao bolsonarismo com propagação de ódio e desinformação na pandemia.  


Youtube remove 2,9 milhões de vídeos em sua maioria de bolsonaristas
Youtube remove 2,9 milhões de vídeos brasileiros por descumprimento de regras em 2020.


As redes sociais estão inundadas por pessoas que seguem o pensamento distópico do presidente da republica Jair Bolsonaro, que anda prescrevendo medicamento ineficaz contra a covid-19, sem o mínimo de conhecimento na área da saúde.

Por consequência, eis, que surgem seguidores Bolsonaristas, capazes de produzirem vídeos propagando discursos de ódio e desinformação sobre a Covid-19. E não são poucos para falarem besteiras sem nexos. Tem bolsonarista insistindo na tese do presidente Bolsonaro que se tomar Ivermectina precoce, medicamento contra parasitas, não contrairia o vírus da Covid.

O Youtube, um das principais plataforma de vídeos do mundo, informou nesta sexta-feira (12) que realizou a remoção de 2,9 milhões de conteúdos brasileiros por violarem as regras das plataformas, incluindo a propagação de discursos de ódio e desinformação sobre a Covid-19, em 2020. Os dados fazem parte de um relatório global de transparência, divulgado a cada trimestre pelo Google.

O relatório mostra que o Brasil apresentou um dos maiores crescimentos no número de conteúdos banidos no mundo. O Brasil é o terceiro país com o maior número de vídeos removidos no ano passado, atrás apenas de Estados Unidos, com 5,37 milhões, e Índia, com 5,49 milhões.

Na comparação dos resultados do segundo semestre do ano passado com os números obtidos em 2019, única comparação possível a partir dos dados disponíveis, o país saltou duas posições, enquanto o número de vídeos disponíveis retirados mais que triplicou. 

No ano passado, o YouTube aumentou a ofensiva contra vídeos que geram desinformação e ferem as regras da plataforma. No Brasil, a conta da militante extremista Sara Giromini, que, nas redes sociais, divulgou o nome de uma menina de 10 anos de idade que havia sido estuprada e precisou realizar um aborto autorizado pela Justiça, foi removida.

Antes disso, a plataforma realizou a desmonetização do canal do blogueiro investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bernardo Kuster, alvo do inquérito das Fake News, que investiga a existência de uma rede de divulgação de ataques contra autoridades.

A plataforma segue a ofensiva no país no começo deste ano. Na última semana, dois canais do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, investigado nos inquéritos que apuram a disseminação de fake news e a organização e financiamento de atos antidemocráticos. Aos usuários que tentam acessá-los, por meio de um buscador, aparece a mensagem informando que a página está “indisponível”.

Em nota, o Youtube informou que "todos os conteúdos precisam seguir nossas diretrizes de comunidade", destacou que a plataforma conta com "uma combinação de sistemas inteligentes, revisores humanos e denúncias de usuários para identificar conteúdo suspeito" e "age rapidamente sobre aqueles que estão em desacordo com nossas políticas". Os responsáveis pelo “Terça Livre” argumentam teria sido alvo de censura. (Com O Globo)