Por que vereadores se voltaram contra o presidente Léo Matos no caso do falso médico?

Por que vereadores se voltaram contra o presidente Léo Matos no caso do falso médico?

Suspeita que acordos não cumpridos entre vereadores da Mesa Diretora e presidente da Câmara motivou assinaturas para CPI do Falso Médico.

Por que vereadores se voltaram contra o presidente Léo Matos no caso do falso médico?
Posse e eleição da Mesa Diretora da Câmara de Itapetinga, que elegeu Léo Matos novo presidente. 


É de conhecimento público que toda corrida para eleição de presidente da Câmara Municipal de Itapetinga, há por trás maliciosos e escabrosos acordos políticos. Na gestão passada Naara Duarte (PSC), o esquema de acordo envolvia racha de salários, uso de assessoria fantasma e contratos suspeitos no Parlamento.  

Nessa legislatura presidida por Léo Matos (PSD), os acordos estão sendo apurados pelo IDenuncias. Mas há registro de uso de cargo de assessoria parlamentar como moeda de troca por voto na presidência. E a quinta-feira (25), ficou evidenciada, que por trás das assinaturas da CPI do falso médico, acordos pela condução de Matos para o comando do Legislativo Municipal deixaram pontas soltas.

Em um movimento inédito de apenas três meses de Legislatura, vereadores que compõem a Mesa Diretora da Câmara de Itapetinga, se voltaram contra o presidente Léo Matos, ao assinar pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar o caso do falso médico contrato pela fundação José Silveira administradora do Hospital Cristo Redentor.

Com relatos de mortes de pacientes por negligência da fundação que há anos era gerenciada pelo atual presidente da Câmara Léo Matos. Os vereadores Anderson da Nova (DEM), Neto Ferraz (PSC) e Tuca da Civil (Republicanos), da Mesa Diretora de cargos de vice-presidente, 1º e 2º secretário, foram maioria da base governista no acolhimento das assinaturas da CPI do falso médico.

A insurgência contra presidente da Câmara levantou suspeitas, que por trás das assinaturas da CPI, há quebra de acordos feitos antes da eleição que consumaria Léo Matos na presidência da Casa. E uma das primeiras vozes a se rebelar na Mesa Diretora, foi a do vice-presidente da Câmara Anderson da Nova (DEM), que ao assinar o requerimento de comissão parlamentar de inquérito, motivou os demais membros da Mesa a fazem o mesmo.      

O proposto jogo de combinação de membro da Mesa Diretora, segundo fonte interna do Parlamento, visava pressionar Léo Matos, a liberar o combinado antes da eleição. E a existência de R$ 200 mil em economia no cofre público do Legislativo feita na gestão Matos, era motivo suficiente para o motim parlamentar.

Diante de ligações inúteis do presidente a vereadores da direção da Casa, no apelo de retiradas assinaturas no requerimento de CPI. Matos acionou o prefeito Rodrigo Hagge (MDB), esse, acionou seus assessores que transmitiram mensagem clara do Executivo, ou exclui imediatas assinaturas, ou, caso contrário, haveria repesarias de indicações de cargos na Prefeitura.

Com recado do prefeito através de emissários, os vereadores não tiveram outra saída, e agiu ao estilo Eduardo Pazuello: “É simples assim: um manda e o outro obedece”. Como a prioridade de vereadores é reeleição e dinheiro, daqui para frente Léo Matos não terá vida fácil. Afinal, estará cercado em uma Mesa Diretora de inimigos com cara de amigos.