Em Itapetinga, a patética manifestação bolsonarista que pede a volta da ditadura

Em Itapetinga, a patética manifestação bolsonarista que pede a volta da ditadura

Manifestação a favor de uma intervenção militar com Bolsonaro como ditador é resumido em 6 seguidores do bolsonarismo em Itapetinga.


Pequeno grupo bolsonarista em Itapetinga pede a volta do regime militar com Bolsonaro no poder. 

Literalmente, meia dúzia de bolsonaristas de Itapetinga se dirigiu ao Tiro de Guerra local, braço militar do Exército Brasileiro encarregada de formar atiradores ou cabos de segunda categoria para o exército. A intenção do pequeno grupo na quarta-feira, 31, dia alusivo ao golpe militar de 64, é comemorar os 57 anos de aniversário da intervenção que instaurou a ditadura do Brasil.


Manifestantes bolosnarista frente ao TG de Itapetinga, pede a volta do regime militar.
Manifestantes bolosnarista frente ao TG de Itapetinga, pede a volta do regime militar. Todos as imagens foram extraídas de perfis dos manifestantes no Facebook.


As imagens que circular nas redes sociais são de seguidores fanáticos do presidente da republica em Itapetinga, formada por figuras conhecidas na cidade. Os bolosnaristas demonstraram seu apoio ao antigo regime carregando cartazes que pede o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal), intervenção militar com Bolsonaro no poder e justiça para o policial que foi morto em revide ao atirar em seus colegas de farda após um ataque de surto psicótico em Salvador.

Atos a favor da volta do regime militar é resumido em 6 manifestantes bolsonaristas em Itapetinga. Na imagem são 5 seguidores, restando o responsável por tira a foto.

Devido o número pequeno de pessoas, a manifestação pró-ditadura de cidadãos de Itapetinga não chegou a chamar atenção de quem passava pelo local, mas foram percebidos nas redes sociais, no campo que antes era dominado pelo bolosnarismo, hoje, perdida depois de amalucadas ações do presidente Jair Bolsonaro e sua gestão desastrada na pandemia. Nas redes, o grupo de meia dúzia sofreu uma espécie de bullying virtual, e foram ridicularizados pela manifestação em plena democracia.    

O fracassado ato a favor de uma intervenção militar com Bolsonaro como ditador, não foi privilegio só de Itapetinga. Em cidades que tiveram manifestações pró-ditadura, adesão sofreu o mesmo vexame. No dia em que o Brasil registrou quase 4 mil mortes pela covid-19. A cidade do Rio de Janeiro, de população de quase 17 milhões de habitantes, registrou apenas 100 bolsonaristas na manifestação que pedia que Bolsonaro acionasse as Forças Armadas e assumisse o poder. Apesar de alguns motoristas buzinarem em apoio aos manifestantes, muitas pessoas o contestaram. Bolsonaro foi chamado de “genocida”, e gritos pró-democracia foram ouvidos.

As imagens de cidadãos de Itapetinga desejando a volta de um regime autoritário que torturou e assassinou covardemente pessoas nos porões dos QG [Quarteis General], é surpreendente e patético ao mesmo tempo, de saber que na cidade a pessoas cultas como ex-bancários, professores e escritora querendo o terror de volta.