Ministro do STF decide que a fé que salva deve matar na pandemia

Ministro do STF decide que a fé que salva deve matar na pandemia

Nessa Páscoa, ministro Kassio Nunes autoriza fiéis nos templos religiosos com direito a celebração a vida, com um convite à morte.

Ministro do STF decide que a fé que salva deve matar na pandemia
Ministro do Supremo Tribunal Federal, Kassio Nunes Marques.


É preciso urgentemente mudar os designíos litúrgicos da fé Cristã sobre a preparação, celebração e ensinamentos, seja nas missas católicas ou em cultos evangélicos, que no passado próximo ensinavam os caminhos da salvação e hoje, induz fiéis a conhecer o caminho da morte.

A decisão do novo soldado não de Cristo e sim, do presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal de Federal (STF), ministro Kassio Nunes Marques, resolveu ser o mais recém ‘anjo da morte’, em apenas uma canetada permitiu a realização presencial de missas e cultos em todo o país, no momento mais critico da pandemia que registra óbitos diários acima de 3 mil.

Como se os mais de 330 mil mortos não fosse o suficiente na pandemia, o ministro do STF deu uma mãozinha a fiéis a se encontrarem com o ‘Todo Poderoso’ antes da dita hora.  O ministro Nunes Marques, determinou que os estados, o Distrito Federal e os municípios não podem editar decretos para proibir completamente a realização de celebrações religiosas presenciais, como forma de evitar a circulação do coronavírus.

A decisão do ministro do STF traz alento e conforto para líderes evangélicos de grandes templos, que celebraram a decisão nas redes sociais junto com o maior sabotador na pandemia, o presidente Bolsonaro, que prefere abraçar o próprio diabo a encarar as medidas de isolamento social e lockdown.

Kassio ajuda os líderes religiosos a saírem da maior pindaíba da história. Acostumados com os tempos dourados e fartos antes da pandemia do coronavírus, hoje, a quebradeira foi inevitável. Sem dinheiro dos fiéis os ‘pastores star’ apelaram e foram criativos; teve feijões milagrosos, dinheiro por uma vaga garantida no reino do Pai Eterno, pedido de calote de prestação de Casa própria para serem deposito no caixa da Igreja, atribuir pandemia a “Satanás” e que única salvação seria doações vultosa a igreja, quanto mais dinheiro mais livramento do mal. 

E a indulgência não para por aí, o casal Estevam e Sônia Hernandes líderes da Igreja Apostólica Renascer em Cristo se superaram no desespero por dinheiro.  A bispa Sonia Hernandes, pediu doação de R$ 1.000 para que cada fiel tenha proteção contra a Covid-19. Em um culto ela chamou a doação de “desafio” e disse que o valor pode ser também de R$ 300. O pagamento pode ser parcelado em dez vezes no cartão de credito se assim desejar os fieis, e que a grana seria destinado a Deus.

Para manter a lógica que pregavam antes da pandemia, essas igrejas precisam continuar prometendo um grande milagre e uma grande benção. Mesmo que as pessoas estejam em risco eminente diante um vírus letal.

Por muitos anos, essas igrejas prometeram a seus fiéis proteção divina em tronca das generosas ofertas. Nos cultos a promessa de 'imunidade' na vida e libertação para os grandes milagres, que por sinal acontecia diariamente na vida dos membros dessas igrejas. Com a pandemia a narrativa milagrosa caiu por terra, os milagres acabaram, assim como o dinheiro dos fieis que minguaram desde a crise da covid-19.

Para justificar a presença de fieis em celebração religiosa, o ministro da Alta Corte, Marques Nunes usou termos tocantes como: “à fé é único caminho em meio caos”. Concordo! Mas o ministro do STF perde o bonde da historia, para dá sustanças a sua canetada. Quando na Europa na Idade Média em plena peste negra. Acreditava-se que os mosteiros eram santuários de proteção, mas eles se tornaram vetores de disseminação da doença que varreu milhões de vidas em todo velho continente.

Grandes aglomerações, como festas e cultos religiosos, são apontados por infectologistas como ambientes propícios à transmissão do coronavírus. Mesmo com os alertas, o ministro do STF não se sensibilizou diante a quase 4 mil óbitos num único dia. Nessa Páscoa, Kassio Nunes é responsável pela celebração a vida, com um convite à morte.