Escândalos de corrupção no governo Jair Bolsonaro abala o núcleo bolsonarista no Congresso e nas redes.
Em meio apuração do caso da Covaxin, eis que surgue mais um escando de corrpção no governo Jair Bolsonaro, com pedido de propina para combra da vaciona AstraZeneca. |
Se um escândalo de corrupção incômoda o governo Jair Bolsonaro, dois escândalos incômoda, incômoda, incômoda muito mais... O caso Covaxin, que deixou a tropa de choque do presidente da republica sem rumo. Agora com o surgimento de mais escândalo de corrupção envolvendo a cobrança de propina por US$ 1 dólar por dose da AstraZeneca, deixou a base bolsonarista atordoada.
Um representante de uma vendedora de vacinas afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. A proposta de pedido de propina teria partido de um indicado do líder do governo, Ricardo Barros, o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro.
Mal conseguiu recuperar do baque do caso Covaxin, a notícia do pedido de propina pela vacina AstraZeneca, caiu como uma bomba no reduto bolsonarista, deixando boa parte dos seguidores do presidente desorientados, seja nas redes sociais, seja no Congresso Nacional.
Classificada pelas redes sociais como: capacho, insegura, puxa-saco, engraxa botas e vassala são termos usados para descrever um comportamento de submissão ao presidente Jair Bolsonaro de uma parlamentar que retira a máscara para imitá-lo, forma sua tropa de choque contra a CPI da Covid. Assim é a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que usou as redes na noite da terça-feira (29), com lágrimas nos olhos para tentar defender o presidente de mais uma acusação de corrupção.
“Estamos apanhando sem parar. E aí? Qual é a nossa situação e o que fazer?, disse, com sinceridade desconcertante, a deputada federal Carla Zambelli, que divulgou um vídeo de desabafo pouco depois de a acusação vir à tona.
Segundo ela, “o presidente tem feito de tudo o que está ao alcance dele”. “A gente está um pouco cansado, porque não tem nada que a gente possa fazer além do que estamos fazendo”.
Zambelli não citou especificamente a acusação de propina, mas, com os olhos marejados, pediu no vídeo que as pessoas rezem pelo governo.
“Eu peço oração. Porque quem sabe Deus possa nos ajudar. Quem sabe Deus possa indicar um caminho? Porque tem hora que é difícil. A gente olha e não enxerga um caminho. Mas a gente olha para cima e diz: ‘meu Deus, por favor me dê forças para seguir só mais um dia'”. Veja o Vídeo Abaixo:
Estamos apanhando sem parar. E aí? Qual é a nossa situação e o que fazer? pic.twitter.com/yzwefF321q
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) June 30, 2021
Outro deputado bolsonarista, o deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS), um dos mais fiéis ao presidente, admitiu indiretamente que a acusação do empresário pode fazer sentido.
Se tem cabimento dizer que o Governo do Brasil pediu propina de 1 dólar, na vacina Astrazeneca.
— Bibo Nunes (@bibonunes1) June 30, 2021
Uma pessoa pode até ser, mas um governo é ridículo demais.
Urubus fazem de tudo para tentar culpar Bolsonaro.
Só se ferram...@jairbolsonaro #BiboNunes
“Uma pessoa pode até ser, mas um governo é ridículo demais”, afirmou Nunes, ao comentar o caso. Embora diga que seria no máximo ato isolado de um servidor, e não da administração federal, o simples fato de considerar a hipótese mostra uma mudança de discurso.
A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), que vem em processo de reaproximação de Bolsonaro após ter flertado com a oposição, pediu que Bolsonaro afaste os acusados.
Presidente, manda apurar e afasta quem deve ser afastado! Há situações que necessitam ser enfrentadas rapidamente. Não adianta aguardar. Ninguém vai resolver!
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) June 30, 2021
“Presidente, manda apurar e afasta quem deve ser afastado! Há situações que necessitam ser enfrentadas rapidamente. Não adianta aguardar. Ninguém vai resolver!”, escreveu.
Já os filhos do presidente se limitaram a retweetar postagem de outros seguidores do presidente defendendo o governo. Como o caso, do senador Flávio Bolsonaro que postou em sua conta no Twitter, um bolsonarista questionado que a indicação não seria do líder do governo, e sim, do DEM, e tentando por em dúvida a reportagem da Folha de S.Paulo. Porém em momento algum o bolsonarista apresentou algum fato que poderia questionar a reportagem. E assim segue todas retweetagens feitas pelo senador de apoiadores podo dúvidas sobre a denúncia de cobrança de propina dentro do Ministério da Saúde.
Nas redes sociais o clima nas redes bolsonaristas amanheceram na defensiva a favor do presidente, mas sem o mesmo entusiasmo de outrora de seus seguidores, que acompanha com cautela as noticias de mais um escândalo de corrupção que cerca o governo Bolsonaro.