Partidos unidos contra o ‘voto impresso’ desejado por Bolsonaro

Partidos unidos contra o ‘voto impresso’ desejado por Bolsonaro

Voto impresso desejado pelo presidente Jair Bolsonaro, perde força com união de partidos políticos contra a mudança no sistema eleitoral.

Partidos unidos contra o ‘voto impresso’ desejado por Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro participa de 'motociata' em Chapecó (SC).


Em um voto de confiança no sistema eleitoral brasileiro, os principais presidentes de legendas partidárias, chegaram à conclusão que a urna eletrônica é confiável. Os Dirigentes foram unanime ao afirmarem que desde 1997, o sistema eletrônico nunca apresentou qualquer indício de fraude.  

Em videoconferência nesta manhã deste sábado (26), onze partidos discutiram o sistema eleitoral e se colocaram contra a proposta de mudança para voto impresso, bandeira de Jair Bolsonaro, que vem antecipando, que sem o sistema eleitoral aditável, sua derrota seria por consequência de uma fraude.

Sem apresentar qualquer indício de fraude nas urnas eletrônica, Jair Bolsonaro, vê os presidentes do PSDB, MDB, PP, DEM, Solidariedade, PL, PSL, Cidadania, Republicanos, PSD e Avante se posicionarem contra a ideia do presidente que custaria mais R$ 2,5 bi aos cofres público sem uma justificativa ou qualquer ocorrência de fraude no sistema de votação brasileiro. 

Na reunião, os Dirigentes partidários afirmaram ter confiança no atual sistema de votação e apuração. A ideia é aumentar o número de partidos na defesa da manutenção do modelo de agora, podendo engavetar o projeto de lei de iniciativas de parlamentares bolsonaristas que tramita no Congresso Nacional. 

Em Santa Catarina, Bolsonaro voltou a atacar o sistema eleitoral, repetiu discurso que havia feito a empresários de Chapecó na noite anterior, dizendo que "tiraram um vagabundo da cadeia, o tornaram elegível, e querem agora torná-lo presidente pela fraude". Discurso após a Motociata pela ruas da cidade de Chapecó.

Mais uma vez, Bolsonaro voltou a questionar a segurança das urnas eletrônicas, sem, no entanto, apresentar provas para suas suspeitas de fraude.

Jair Bolsonaro está intensificando ataques ao sistema eletrônico de votação na medida em que surge pesquisa de opinião, que aponta vitória de Lula no primeiro turno, e revelando acentuada queda de popularidade do presidente. Como a última pesquisa Ipec, que trás Lula com 49%, Bolsonaro com 23% e Ciro 7% seguido por Doria e Luís Mandetta ambos estão empatados tecnicamente.

Para conter os excessos do presidente ao disseminar fake News e por colocar em duvidas nosso sistema eleitoral, o corregedor do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Felipe Salomão, deu prazopara que Jair Bolsonaro apresente as provas que diz ter sobre uma suposta fraude no sistema eletrônico de votações de 2018. O corregedor tem amplo apoio de ministros da corte eleitoral e do STF (Supremo Tribunal Federal).