Lula abre vantagem sob Bolsonaro: no 1º turno 46% a 25% e marca 58% a 31% no 2º turno, diz Datafolha

Lula abre vantagem sob Bolsonaro: no 1º turno 46% a 25% e marca 58% a 31% no 2º turno, diz Datafolha

Lula amplia vantagem sobre Bolsonaro para 2022 e marca 58% a 31% no 2º turno, aponta levantamento Datafolha.

Lula abre vantagem sob Bolsonaro: no 1º turno 46% a 25% e marca 58% a 31% no 2º turno, diz Datafolha
Na imagem: ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e o Presidente da Republica Jair Bolsonaro (sem partido).


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou sua vantagem pelo atual ocupante do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (sem partido), em citações espontâneas registradas pelo Instituto Datafolha.

Lula também lidera nos dois cenários apresentados para o eleitor e em todas as simulações de disputa de segundo turno naquela em que enfrenta o presidente, ganha por 58% a 31%.

Na simulação de primeiro turno, Lula fica à frente de Bolsonaro por 46% a 25% na pesquisa estimulada e por 26% a 19% na espontânea. Percentual dos que dizem que não votariam de jeito nenhum no atual presidente chega a 59%. 

No levantamento anterior de primeiro turno, Lula registrava 41% da intenção de votos e Bolsonaro 23%. O petista sobe 5 pontos e o presidente 2 pontos percentuais. 

Os achados estão no mais recente levantamento do Datafolha, feito quarta (7) e quinta-feira (8). Nele, 2.074 eleitores foram ouvidos presencialmente pelo Brasil. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os dados da pesquisa confirmam as avaliações no meio político sobre o duopólio atual entre o petista e o presidente, com espaço exíguo neste momento para um nome da chamada terceira via.

No levantamento anterior do Datafolha, feito em 11 e 12 de maio, Lula tinha 21% na espontânea, Bolsonaro marcava 17% e Ciro Gomes (PDT), 1%. Agora, o petista pula para 26%, o presidente oscila para 19% e o pedetista, para 2%.

Outros candidatos marcam 2%, como em maio, e votam em nulo ou branco 7% (8% antes). O natural índice dos que dizem não saber passou de 49% para 42%.

Nos dois cenários de primeiro turno testados pelo Datafolha, os principais rivais estão na mesma. Lula fica à frente com 46%, ante 25% do presidente. Ciro marca 8% numa e 9%, na segunda. Numa hipótese e noutra, 10% dizem que não votam em ninguém.

Nesse cenário, em votos válidos Lula chega a 52%, o que dentro da margem de erro lhe garantiria a vitória em primeiro turno na eleição.

Com o paulista no primeiro cenário, os tucanos chegam a 5%, enquanto o DEM com o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta chega a 4%. Todos embolados tecnicamente entre si e com Ciro.

Doria tem 37% de rejeição, empatado com Lula. Já Bolsonaro tem 59% dos eleitores a dizer que não votam nele de jeito nenhum.

É uma péssima fotografia, que naturalmente diz respeito a este momento, e casa com a reprovação recorde a Bolsonaro apontada na mesma pesquisa de 51% entre os ouvidos.

Na base lulista do Nordeste, por exemplo, a rejeição a Bolsonaro chega a 70%. Até aqui, as políticas compensatórias do auxílio na pandemia não impactaram positivamente a avalição do presidente, talvez por insuficientes.

O segundo turno traz o presidente, assim, derrotado em todos os cenários se o pleito fosse hoje.

Na disputa Lula contra Bolsonaro, o petista oscilou de 55% para 58% de maio para cá. O presidente, de 32% para 31%. Já Ciro segue à frente do presidente, em estabilidade: o placar deu 50% (era 48%) a 34% (era 36%).

Num raro alento a Doria, que luta para levar a indicação tucana em novembro, ainda que seu entorno creia que isso só será definido em março ou abril, a pesquisa mostra ele ultrapassando Bolsonaro num segundo turno.

Passou de 40% para 46%, ante maio, enquanto o presidente caiu oscilou negativamente no limite da margem, de 39% para 35%.

Mas hoje, no embate com Lula no "round" final, perde por 56% a 22%, números estáveis em relação a maio.

Doria enfrenta grande rejeição no Nordeste, por exemplo. Só tem 1% de intenção de votos por lá. E 55% dos eleitores de Bolsonaro, na simulação de primeiro turno que inclui o tucano, dizem que nunca votariam nele ambos disputam uma luta encarniçada acerca do manejo da pandemia.

Usando o cenário com Doria como referência, Lula tem sua fortaleza entre os nordestinos (64% de intenção de voto), mais pobres (57%, num grupo que soma iguais 57% da amostra total do Datafolha) e menos instruídos (56%).

Já Bolsonaro vai melhor entre os mais ricos. Ele vence Lula por 41% a 21% no grupo que ganha de 5 a 10 salários mínimos e por 36% a 22%, na faixa imediatamente superior.

Ele consegue empate com o ex-presidente entre evangélicos, sua base de apoio usual, no primeiro turno (38% para o presidente, 37% para o ex) e no segundo (46% a 45%, respectivamente).

Como já é conhecido, empresários dão vantagem enorme a Bolsonaro. No grupo, que soma só 2% da amostra, o presidente ganha do petista por 52% a 25%, no primeiro turno. (Conteúdo Folha de S.Paulo)