O temor na Câmara por uma reação popular pela farra dos salários existe, mas para os 15 vereadores, vale apena ariscar.
Da legislatura das assessorias laranja e suas rachadinhas para a legislatura dos interesses próprios. Foi o que restou para a população de Itapetinga, depois da eleição 2020 que promoveu o maior bota-fora de vereadores na história do Parlamento Municipal.
A atual legislatura dos interesses próprios resolveu esculachar a população no pior momento da vida dos itapetinguenses com uma pandemia que ainda assusta e uma crise econômica que aterroriza com explosões de preços diários. E para conter o momento de aperto nas finanças dos vereadores de Itapetinga, eles decidiram limpar o cofre da Câmara Municipal, para fugir da crise econômica.
O plano em andamento para dá alivio aos bolsos dos vereadores em momento de crise, consiste em reajustar os salários em mais de 70%, de uma previsão dos atuais R$ 8 mil para 14 mil reais, isso, até o fim do ano. Mas, antes dos festejos de ano novo, um presentão que ira aquecer os pobres bolsos dos parlamentares. O pagamento do 13º salario, que tudo indica, poderá ser efetuado em novembro, e seu valor é de R$ 8 mil reais.
O pagamento do 13º salario para vereadores, só será possível graças a uma mudança na Lei Orgânica do Município, votada na calada da noite do dia 01 de setembro, no plenário da Câmara Municipal, que incluiu um inciso da Constituição Federal, que diz respeito ao abono do 13º. A proposta aprovada de iniciativa da Mesa Diretora com concordância de todos os vereadores presentes, tevê a palavra “13º salário”, ocultada para não chamar atenção, por essa razão que o caso só veio à tona esta semana.
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| A malandragem dos vereadores de Itapetinga que alterou a lei para embolsar o 13º salário. (VEJA AQUI) |
Com a reação negativa da população vista como tímida pelos vereadores, já existe uma nova pressão interna para que o presidente da Câmara, Valquirio Lima (PSD), também pague as férias dos parlamentares. Se essa farra se concretizar, cada vereador de Itapetinga poderá em bolsar em um ano R$ 114,4 mil, com os atuais salários de R$ 8 mil. E para receber esse invejável salário anual, os edis terão de ter obrigação de trabalhar apenas 96 dias por ano, com realizações de duas sessões semanais.
Com uma imprensa quase em sua totalidade amordaçada com patrocínios públicos, o reajuste, 13º salário até férias tende receber menos pressão da população. Esses, são os cálculos dos próprios vereadores que mede o impacto da farra dos salários diante a população de Itapetinga. O temor interno na Câmara por uma reação popular existe, mas para os 15 parlamentares, vale apena ariscar.
A farra dos salários na Câmara de Itapetinga, é mais que um tapa na cara da população, é uma porrada na fuça dos itapetinguenses, que já não são vistos pelos vereadores como "Manés", mas sim, como otários.
