Pesquisas em Itapetinga: uma encomendada pelos Hagge e outra por aliados do governador

Entre o sangue e o poder: o racha no clã Hagge coloca o Palácio de Ondina em estado de alerta.

Pesquisa deve medir a força do Clã Hagge em Itapetinga.

O clima natalino na política de Itapetinga não é de confraternização, mas de guerra fria. Desde segunda-feira (15/12), dois institutos de pesquisa vindos do sul e sudoeste baiano desembarcaram na cidade. O objetivo? Medir a temperatura de um cenário que mistura traição familiar e cálculos eleitorais arriscados.

De um lado, uma consulta encomendada por legenda da base do governador Jerônimo Rodrigues. Do outro, o mistério: um levantamento pago pelo clã Hagge. A pergunta que não quer calar nos bastidores é: quem assinou o cheque? Teria sido o ex-prefeito Rodrigo Hagge, querendo provar sua força como pré-candidato a deputado, ou o atual prefeito, Eduardo Hagge, o "Tiozão", tentando desesperadamente estancar a sangria de sua popularidade?

A fofoca política, ou "apuração de bastidor", como preferirem, sugere um enredo digno de novela. Rumores indicam que Rodrigo estaria medindo a (baixa) performance do tio para mostrar que, sem o seu apoio e sua articulação, a cadeira de prefeito é um sapato grande demais para Eduardo.

Eduardo Hagge vive um pesadelo estatístico. Levantamentos anteriores, feitos por aliados do governador petista, indicam que o prefeito estaria amargando um terceiro lugar, com pífios 7,6% das intenções de voto. Se os novos números confirmarem esse desastre, a tese de que "Eduardo não caminha sem as pernas de Rodrigo" ganha força total dentro do clã.

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Enquanto os Hagge lavam a roupa suja em público, o governador Jerônimo Rodrigues observa com a calculadora na mão. O cenário para o PT é delicado:

O Efeito Cida Moura: quando Jerônimo se aliou à líder opositora Cida Moura (PSD), ele conseguiu furar a bolha do antipetismo em Itapetinga e chegando a liderar as pesquisas para sua reeleição.

O "Fator Eduardo": ao se aproximar do atual prefeito Eduardo Hagge, a imagem do governador murchou. Hoje, ele já aparece em empate técnico com ACM Neto, que voltou a crescer na cidade após o racha no clã Hagge.

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Se os números que saírem dessas novas pesquisas mostrarem que Eduardo Hagge continua no "volume morto", Jerônimo terá que recalcular a rota rapidamente. O governador não quer carregar um peso morto que o faça perder terreno para o carlismo em Itapetinga e por consequência na região do município.

Em Itapetinga, a política não é apenas uma disputa de votos; é uma prova de sobrevivência. Entre a lealdade familiar e a sobrevivência nas urnas, o jogo de braço está apenas começando.

É pesquisa, é vida que segue...