O ataque racista ao cidadão negro por ex-policial militar revela que o PM aposentado já havia sido denunciado por torturas e prisões forjadas.
O ex-policial Militar aposentado Ageilson Lima [a esquerda] insultou o arbitro de futebol Jaime da Silva com ataques racista [a direita]. |
Por onde os colaboradores do IDenuncias passa o assunto de um policial aposentado da Policia Militar de Itapetinga, que teria insultado um conhecido e conceituado arbitro de futebol negro da região sudoeste, vítima de ataque racista continua a indignar a população, seja nas ruas, seja nas redes sociais e na medida em que todos tem conhecimento do fato ocorrido em um clube social do município.
O caso de racismo ocorrido há uma semana, não para de repercutir ao envolver o policia militar da reserva Ageilson Lima, conhecido como Jerry, e o arbitro de futebol Jaime Ferreira da Silva, que ao expulsar o ex-PM do campo de futebol do ITC (Itapetinga Tênis Clube) por jogada desleal, ficou a beira do gramado xingando o arbitro Jaime com declarações racistas: “Estou sem uniforme agora seu porra, quero vê você fazer alguma coisa. È como sempre digo, não gosto de preto, pois preto quando não caga na entrada, caga na saída. Seu preto safado.”, diz o ex-policial militar.
O ex-policial militar não parou por aí e seguiu com os ataques racistas contra o juiz de futebol. E desta vez comparou a questão social do ex-policial com o do arbitro de futebol: “Fica aí marcando as coisas erradas, parece até que tem inveja de mim, despeito da minha pessoa, uma porra dessa, estava no Clube dos Coroas apitando de graça apenas para ter condições de entrar no local puxando o saco dos associados de lá. Eu falo porque eu sei de tudo Moço, uma pessoa dessa não aguenta pagar a mensalidade de lá, seu passa fome.”, esbravejou o ex-PM com ataques de preconceito e racismo.
O Clube social do Itapetinga Tênis Clube manifestou em nota repudio sobre o comportamento racista de uns dos seus associados. Mas em momento algum expressou o desejo de apurar e punir o seu sócio pelo ato racista dentro do seu clube.
O arbitro Jaime Silva registrou queixa na delegacia de policia civil por injuriaria racial, um crime julgado esta semana pelo Supremo Tribunal de Federal (STF), que não pode prescrever no judiciário brasileiro. Mas ficou a humilhação pública praticada por um mau policial militar de carreira protegido pelo sistema cooperativista da Policia Militar da Bahia que acobertou seus crimes de abuso e violência policial até sua aposentadoria.
O policial Jerry, era visto por algumas autoridades como um exemplar policial militar destemido contra o crime. Mas por traz do tal heroísmo anticrime, escondia um problemático e indisciplinado policial disposto a desafiar até seus superiores para impor sua vontade.
Entres os crimes acobertados até pelo Ministério Público de Itapetinga (MP), na era do promotor de justiça José Junseira Almeida, denuncias de vitimas de torturas e prisões forjadas feitas pelo policial Jerry, tudo engavetado pelo promotor que em um ataque de surto por não ser atendido no horário desejado por ele em uma clinica privada decidiu quebra a sala de recepção da clinica. O surto do promotor Junseira não deu em nada, assim com as denuncias de cidadãos sobre as torturas do policial Jerry, que em vez de apurar os crimes do PM decidiu premia-lo com horaria do MP.
Enquanto o policial Jerry recebia elogios pela serie de prisões, a Policia Civil levantava suspeitas das prisões efetuadas por Jerry que poderiam ser forjas, diante da padronização dos depoimentos dos suspeitos na delegacia de policia. Na simulação o PM implantava as drogas em suspeitos com passagem na policia. Tudo para alçar uma absurda condecoração da Policia Militar da Bahia que premiava o policial que alcançasse as 1 mil prisões. No desejo de Jerry pela honraria militar há centenas de vitimas inocentes sem passagens pela policia.
Serie de prisões efetuadas pelo policial militar Ageilson Lima, o Jerry são questionadas com depoimento similares dos acusados que as drogas foram plantas pelo policial militar. |
As extensões dos crimes de abusos e torturas do policial Ageilson Lima, o Jerry, foram acobertadas pela corregedoria da Policia Militar, que em inédita decisão, após uma ação violenta do policial em uma cidade vizinha a Itapetinga, o encaminhou para serviços internos da Policia Militar até sua aposentadoria evitando a sua expulsão da Corporação policial.
Parece que a decisão da Corregedoria Militar de poupar o ex-policial Jerry, não contribuiu para ressocializa-lo diante do ataque racista a um cidadão negro. Esse continua a achar que é o xerife da cidade acobertado por autoridades do passado. Mas esse tempo passou e Itapetinga é outra, só o indisciplinado ex-policial não percebeu que vai pagar pelo seu crime ou quem sabe, seus crimes.