Morte de criança após desabamento expõem falhas estruturais da Defesa Civil de Itapetinga, sem especialista em áreas de risco.
Na imagem a residência atingida por um barranco e a vitima fatal da tragédia Lilian Laysla Santos Silva, de apenas 9 anos. Imagens extraídas do site Fala Livre. |
Há exatos 30 anos, é criada em Itapetinga a Comissão permanente de Defesa Civil, no governo municipal do então prefeito Dr. José Marcos Gusmão. Sua criação tem objetivos peculiares: de organizar, planejar e promover a defesa constante contra danos decorrentes de enchentes, calamidade pública, e o fundamental, avaliar áreas de riscos no município. De dezembro de 1991, para cá, a lei que criou a Defesa Civil sofreu alterações, a última com definições de seus membros que compõem o novo Conselho e não mais a Comissão da Defesa.
Com 23 membros indicados pelo Poder Executivo e chancelado pela Câmara de vereadores, não há registro que houve qualquer reunião desde sua criação. Precisou uma tragédia abater sobre o município, para desperta sobre a necessidade de vistoriar áreas da cidade sobre real risco de vida aos cidadãos com desmoronamentos e alagamentos, em um município que se mostra deficitária no escoamento das águas das chuvas.
A tragédia da quarta-feira (1/12), que vitimou uma criança de nove anos após ser atingida por parte da parede de sua residência, no bairro Amerício Nogueira com desmoronamento de um barranco na proximidade da casa devido as fortes chuvas que caiem na cidade, revelou a ineficiência da estrutura da Defesa Civil de Itapetinga, que precisou o prefeito Rodrigo Hagge (MDB), recorrer a técnicos da defesa civil do Estado, para avaliar áreas de riscos no município, atribuição que cabia a Defesa Civil de Itapetinga, prevê as áreas de risco, antes que qualquer tragédia possa acontecer.
Sem um corpo técnico de especialista a Defesa Civil de Itapetinga é um mero Conselho composto por civis representantes de instituições pública e privada do município. A forma que está, a utilidade do Conselho criado para finalidade especificas, perde o proposito de sua criação, quando há em seu quadro pessoas burocratas em vez de especialistas.
A área do hoje, bairro Américo Nogueira, antes, pejorativamente chamado de “Sem Terra”, era um funil, onde as águas das chuvas escorriam pelos barrancos formando ao centro uma área alagada que em período de fortes chuvas formava uma lagoa. E é justamente essa área que foi invadida por poceiros nos anos 90, em um período prologando de estagiarem no município. Legalizada no governo do prefeito Dr. José Otavio Curvelo (DEM), o bairro não sofreu qualquer tipo de vistoria por parte da defesa civil, até a morte da pequena Lilian Laysla Santos Silva, que não resistiu aos ferimentos após o desmoronamento de um barranco.
Na pandemia, prefeito Hagge contrata empresa de evento por R$ 3 milhões para aluguel de palco e toldo (VEJA AQUI). |
O prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge, precisa urgentemente reavaliar seus contratos milionários, como por exemplo: aluguéis de palcos e toldos que deve torra dos cofres público de Itapetinga mais de 3 milhões de reais, e utilizar essa fábula de dinheiro para estruturar a Defesa Civil de Itapetinga, com contratação de especialistas de áreas de riscos, com metas claras de salvar vidas preventivamente e não colocar essas vidas em risco com realizações de eventos festivos em plena pandemia da Covid-19.