Crise econômica levam pessoas a procuraram restos de comida em caminhão de lixo no centro do Rio de Janeiro.
Alimentos descartados e jogado no lixo por supermercado no centro do Rio de Janeiro e disputados por cariocas. |
Em meio à indignação do assassinato de um petista por um bolsonarista no Paraná, flagrado por câmaras de circuito interno. Eis, que surge outra cena chocante, porém habitual em tempos de crise econômica que atravessa o país no governo do presidente Jair Messias Bolsonaro. Pessoas procurando restos de alimentos em um caminhão de lixo no centro da cidade do Rio de Janeiro.
Na tarde da segunda-feira (11), um grupo de pessoas foi visto procurando restos de alimentos em um caminhão de coleta de lixo. A rua do Rezende onde foi registrada as cenas, região central do Rio, o veículo recolhia alimentos que teriam sido descartados por um supermercado. Nas imagens, é possível ver cinco pessoas buscando comida em meio ao lixo armazenado no caminhão.
Com o avanço da inflação e a perda de renda dos brasileiros, cenas como essa se espalharam pelo país. Em 2021, um caminhão de ossos e restos de carne passou a ser disputado na zona sul do Rio por moradores que não possuíam dinheiro suficiente para comprar alimentos.
'Caminhão de ossos' no Rio é disputado por população com fome. |
Outras metrópoles também registraram filas em busca de doações de restos de ossos de boi durante a crise. Moradores de periferias passaram a recorrer até o pé de frango para alimentação, e pior, a pele do frango entrou no cardápio, e não de graça, está sendo comercializado em alguns supermercados e açougues. Assim como o osso a pele eram descartados, hoje, vira alimento nas casas de brasileiro e é cobrado por quilo.
Após pesadas criticas, rede de supermercados retirou a comercialização da pele de frango no balcão de frios. |
Atualmente, 33 milhões de pessoas passam fome no país, apontou o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado em junho. O contingente é similar ao registrado 30 anos atrás. O que demonstra, que nesse atual governo federal, tudo piorou, sem uma solução de longo prazo para aliviar a situação daqueles que passa fome.
A inflação de alimentos atinge sobretudo os mais pobres, que têm menos condições financeiras para enfrentar a carestia. Em 12 meses até junho, o grupo alimentação e bebidas acumulou alta de 13,93%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), também divulgado pelo IBGE.
Segundo analistas, a carestia foi intensificada pelo aumento dos custos com o transporte das mercadorias, já que os combustíveis dispararam recentemente.
EDITORIAL: No Brasil de Bolsonaro, inflação em alta com o país de volta ao mapa da fome (VEJA AQUI) |
A inflação às vésperas da corrida eleitoral virou dor de cabeça para o presidente Jair Bolsonaro (PL). A situação é vista por membros da campanha de Bolsonaro como principal obstáculo para a reeleição.
Maioria dos brasileiros não acredita que esse governo consiga tira o país do atoleiro que esta, segundo revelou o último levantamento Datafolha. O humor da população com a crise da carestia reflete o desgoverno do presidente Bolsonaro que busca paliativos temporários para amenizar o sofrimento dos que passam fome, mas sem uma solução viável para todos com benefícios eleitoreiros que durará até o fim deste ano.