Movimentação para compra de votos em Itapetinga se assemelha a eleição para vereadores

Movimentação para compra de votos em Itapetinga se assemelha a eleição para vereadores

Apoiadores de candidatos a deputados intensificam corrida por dados de eleitores para compra de votos a uma semana da eleição.

Movimentação para compra de votos em Itapetinga se assemelha a eleição para vereadores
Corrida pelo voto em Itapetinga tem preço, e gira entorno de R$ 50 a 70 reais.

A uma semana da eleição que definirá as vagas em disputas para presidente, governador, senador e deputados: federais e estaduais, uma movimentação atípica toma conta dos bastidores da política em Itapetinga para pleito do próximo do domingo, 2 de outubro. Na caça ao voto do eleitor, uma arma infalível em eleições, à camuflada boca-de-urna, que é nada mais a compra de votos. 

Quase 40 dias de intensa abordagem a eleitores em Itapetinga não foram o suficiente para convencer grande parte da população apta a votar, a confiar nas candidaturas que estão nas ruas. O eleitorado deu pouca ou nenhuma importância para corrida às vagas legislativas, o desinteresse pode está ligada a disputa polarizada entre Lula Vs Bolsonaro que vem tirando o foco das candidaturas a deputados federais e estaduais.

Diante da absoluta falta de interesse do eleitorado observado pelos apoiadores de candidaturas a vaga de deputados, a maioria recorre ao tradicional crime eleitoral, a compra de votos, que este ano tem valor padronizado no município de R$ 50 reais por eleitor. 

A atual abordagem para compra de votos é muito semelhante ocorrido na eleição/2020 a prefeito e vereadores em Itapetinga, mesmo com seguidos alertas publicados pelo IDenuncias, não inibiram os candidatos de saírem as ruas com seus correligionários para compra de votos e distribuições de  cestas básicas. O crime eleitoral, não foi denunciado às autoridades por pura cumplicidade já que a maioria das candidaturas a vaga legislativa municipal com chance de conquistar uma cadeira na Câmara de Itapetinga, também, praticavam o crime.     

E nessa eleição, uma inovada tática do dinheiro pelo voto entrou em campo, é o ‘voto família’, que funciona mais ou menos assim: se houver uma sinalização de todos os membros de uma família na mesma residência que garanta votar em determinada candidatura, cada um desses membros recebem uma espécie de bônus no valor de R$ 20, além do prometido 50 reais. Portanto, cada eleitor da tal família abordada por apoiadores de deputados receberam 70 reais em troca do voto. 

Apoiadores de deputados iniciam abordagem para compra de votos em Itapetinga
Apoiadores de deputados iniciam abordagem para compra de votos em Itapetinga (VEJA AQUI)

Os eleitores abordados por colaboradores do IDenuncias em anonimato, se mostraram cientes que a compra e venda de voto é crime e esta sujeito a punições, seja a candidatos, seja a eleitores, mesmo assim eles [eleitores] se arriscam por necessidade do dinheiro onde a maioria afirmam que usaram a grana da venda do voto para comprar alimentos.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) classifica a compra e venda de votos, como crime contra a democracia. No site do tribunal um alerta explicito sobre punições a candidatos e eleitores: “As eleições estão chegando e é importante que o eleitor fique atento a uma questão muito séria: a compra e venda de votos. O Código Eleitoral determina até quatro anos de prisão não somente para candidatos que oferecem dinheiro ou bens em troca de votos, mas também para o eleitor que recebe dinheiro ou qualquer outra vantagem.”

Caso você eleitor queira denunciar essa prática criminosa na eleição, enviem fotos ou filmagem da abordagem de apoiadores ou cabo eleitorais comprando votos para e-mail: idenuncias@yandex.com, seu nome será mantido em total sigilo, ou, caso contrário, apresente denuncia ao Ministério Público Eleitoral com o conteúdo do flagrante.