Na ânsia de ter mais um Hagge na Prefeitura de Itapetinga, grupo gabiraba colide com vice-prefeito Renan Pereira e coloca em risco aliança MDB/União Brasil.
Na imagem: Vice-prefeito de Itapetinga Renan Pereira (União Brasil) e Prefeito Rodrigo Hagge (MDB). |
Na política, dividir para conquistar, consiste em ganhar o controle de um lugar através da fragmentação e impedir que se mantenha individualmente o foco do poder sobre uma única pessoa. É exatamente o que esta acontecendo na política de Itapetinga, há um ano e três meses, da eleição municipal.
Diante da ascensão política de Cida Moura, líder absoluta nas pesquisas, o prefeito Rodrigo Hagge e aliados articularam um plano de contingência para deter o avanço da ex-primeira-dama nas camadas sociais do município. Na tática, lançar o maior número possível de pré-candidatos, e, assim, fragmentar o eleitorado e desestimular a predominância de uma mulher “prefeita”.
O plano governista foi seguido à risca pela oposição que manteve pré-candidaturas até o mês de Maio deste ano, em especial, da legenda do PT. Os petistas perceberam que não havia nomes em seu quadro para reconquistar a Prefeitura de Itapetinga, recuou, e agora aguarda o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), a chancelar Cida Moura na cabeça de chapa e articular indicação do vice que atraia novos aliados para eleição.
Com nome forte para eleição a oposição que penou no pleito municipal passado, vira a pagina, e deve chegar com força na eleição municipal do ano que vem. O mesmo não pode se dizer com o grupo governista, que ao planejar a tática do “dividir para conquistar”, acabou fragmentando e causando conflitos internos nos grupos que formam a aliança MDB/União Brasil.
Com a política de nunca largar o osso. Os Gabirabas tentaram emplacar o nome do tio do prefeito, Eduardo Hagge (MDB) a candidato a sucessão do sobrinho. As investidas dos gabirabas raízes na pré-candidatura familiar, colidiu com a pré-candidatura do vice-prefeito Renan Pereira (União Brasil), quando pessoas próximas de Rodrigo Hagge, chegaram a ameaçar aliados do ex-prefeito José Otavio Curvelo (União Brasil) com cargos na Prefeitura de demissão se não seguisse o tio do prefeito.
Os gabirabas havia ultrapassado o limite da boa convivência e colocaram em risco a sobrevivência da aliança política Michel Hagge/José Otavio, o que levou o prefeito a exigir do velho grupo freio nas manifestações a favor do seu tio, para não provocar a fúria de seus aliados do União Brasil.
Descarte a Renan Pereira para priorizar tio do prefeito pode quebrar aliança com José Otavio (VEJA AQUI) |
Rodrigo Hagge sabe que o momento é delicado, seu governo municipal passa por desgaste e rejeição por decorrência da crise na saúde pública e acusações de corrupção, no qual, o prefeito é réu na justiça. Hagge tem pesquisas e já percebeu que o eleitorado esta refletindo nos levantamentos de opinião o desejo de mudança na política local.
O favoritismo de Cida Moura a prefeito de Itapetinga é hoje, o maior desafio da permanência da aliança MDB/União Brasil, que não tem nomes que empolguem os eleitores. Pelo jeito, aliança política envelheceu, enquanto o eleitorado rejuvenesceu suas ideias ao desejar pela primeira vez na história de Itapetinga, uma governante mulher.