Altos custos de hospital municipal obrigará próximas gestões a decidir fechas postos de saúde para manter unidade hospitalar.
Hospital particular inacabado Monte Moriah. |
Este ano [2024], o prefeito Rodrigo Hagge deve inaugurar o primeiro hospital municipal de Itapetinga, na prática, será primeiro marco de sua administração em 7 anos de governo municipal. A implantação de uma nova unidade de saúde na cidade com porte de um hospital traz mais dúvidas sobre sua manutenção que certeza que o legado deverá continuar nos próximos governos municipais.
De futuro duvidoso um hospital particular de estrutura inacabada, virou aposta do prefeito Hagge na busca da recuperação popular perdida na crise entre a Fundação José Silveira (FJS) e a gestão gabiraba que levou ao fechamento do pronto socorro do Hospital Cristo Redentor (HCR), motivadas por calote e criticas a gestora hospitalar.
Ao cortar o cordão umbilical com a Prefeitura de Itapetinga, a fundação José Silveira se livrou de uma campanha predatória materializada pela mídia local [rádio e blogs] que eram pagas para por a culpa na fundação hospitalar de tudo de ruim na saúde pública de responsabilidade do prefeito Rodrigo Hagge. O jogo durou até a FJS romper parceria com a gestão municipal.
Sem a FJS, a população despertou que a responsabilidade da Saúde Pública é do prefeito Hagge. Com pronto socorro lacrado pela fundação as imagens provocou a ira dos itapetinguenses, levando Hagge a responder pelo temor da população sem um hospital para atendimentos ao público.
A vitória na justiça obrigando a reabertura do pronto socorro do Hospital Cristo Redentor não garantiria a continuidade de portas abertas. Então o prefeito correu para a calmar as pessoas ao apropriar através de um decreto de emergência uma estrutura inacabada de um hospital privado.
O hospital particular inacabado Monte Moriah, que o prefeito apoderou com um decreto limitado era uma fachada pronta por fora, mas por dentro do seu interior estava totalmente inacabada por decorrência de brigas entre sócios com acusações de desvio de dinheiro das obras e roubo de materiais clínicos. Com o caso esta na justiça, o prefeito arrendou a estrutura com compromisso de concluir as obras em uma unidade privada. Até aqui, estima-se que a Prefeitura já gastou mais de 11 milhões de reais dos cofres públicos.
Prefeito Hagge mingua caixa da Saúde ao investir em hospital particular (VEJA AQUI) |
De acordo com publicação oficial da Prefeitura de Itapetinga, a unidade hospitalar terá 51 leitos disponíveis e garantirá observação e estabilização para atendimentos pediátricos, cirúrgico-obstétrico e de observação clínica, na prática, será uma segunda Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade.
Com dinheiro desviados da educação e de outras secretarias municipais através de reformas em escolas e até unidade de prontos socorros onde materiais de construções são comprados com excedente e são jogados na conclusão da obra hospitalar. A dificuldade de concluir as obras do Monte Moriah já demonstra o tamanho do buraco financeiro na Prefeitura Municipal.
Com uma receita anual de R$ 37.186.125,37 repassados pelo governo federal através do Fundo Nacional de Saúde - FNS e mais R$ 2.777.393,27 de recursos próprios obrigatórios de 15% da arrendação do município gastos até novembro/2023. Itapetinga terá pouco mais R$ 40 milhões para administrar um hospital municipal, UPA e diversas unidade de Pronto Socorro espalhadas nos bairros.
Uma conta que dificilmente será fechada na manutenção de mais uma unidade de porte hospitalar, consumindo uma folha de pagamento já comprometida de gastos com profissionais da saúde como: médicos, enfermeiras, funcionários de limpeza e agora, terá custear material de consumo hospitalar, alimentação a lavanderia, e o pior, manter diariamente médicos plantonistas exigido em uma estrutura hospitalar que serão pagos por uma única fonte de recursos, a Secretaria Municipal de Saúde, que ainda terá obrigação de suprir gastos com vigilância de saúde que inclui transporte.
Segundo um gestor da saúde de uma cidade do recôncavo baiano, com a receitas de R$ 40 milhões apresenta pelo IDenuncias: “o prefeito de Itapetinga, terá que fechar unidades em bairros para direcionar os gastos para o futuro Hospital Municipal já que uma folha da saúde tem limite de despesas, e é sufocada com gastos de pessoal, em especial, com médicos que são caros aos cofres e piorou ainda mais com a criação do salário nacional dos enfermeiros que inflaram as folhas de pagamentos.” Diz um ex-secretário municipal baiano sob anonimato, e conclui: "é pouco dinheiro para muitas despesas em uma áreas onde os gastos são complexos.”
A precipitação de Rodrigo Hagge na corrida por uma unidade hospitalar vem fazendo o prefeito torrar dinheiro público em uma estrutura particular, de um erro de cálculo, hoje, percebido na regionalização do Hospital Cristo Redentor pelo governador da Bahia Jerônimo Rodrigues (PT). Ao transformar o HCR em regional, a gestora Fundação José Silveira não mais precisará de recursos da Prefeitura para manutenção assistencial a população. Tudo é bancado pelo governo do Estado.
À acertada regionalização do Cristo Redentor pelo governador pegou Rodrigo Hagge de surpresa e o deixou com um abacaxi nas mãos, de um hospital municipal de futuro incerto devido aos altos custos de manutenção. Um problemão que deve acentuar na próxima administração de 2025.
O real, é que o prefeito Rodrigo Hagge terá que atrasar o máximo possível a abertura do hospital municipal em ano eleitoral, caso contrário, começará enfrentar desgaste político na área mais sensível de sua gestão, com falta de médicos, anestesistas, materiais de consumo clínicos e medicamentos.