Veto do prefeito Hagge que obriga uso de taxímetro deve encarece e ameaça existência de taxistas

Veto do prefeito Hagge que obriga uso de taxímetro deve encarece e ameaça existência de taxistas

Rodrigo Hagge cumpre a lei e veta emenda que livrava taxista de uso de taxímetro. Câmara votará manutenção, ou, não do veto do prefeito em fevereiro.   

Veto do prefeito Hagge que obriga uso de taxímetro deve encarece e ameaça existência de taxistas
Uso do taxímetro em Itapetinga será decido pela Câmara de Itapetinga após veto que deve obrigar a instalação em taxi da cidade. 

Um projeto de lei que estabelece normas gerais para a exploração do Serviço de taxi na cidade aprovado pela Câmara de Itapetinga e sancionado parcialmente pelo prefeito Rodrigo Hagge (MDB), deve gerar muita polêmica no retorno do recesso parlamentar em fevereiro, quando vereadores irão discutir o veto do gestor municipal, que obriga o uso de taxímetro nos taxi do município. A medida deve encarecer corridas em meio à concorrência com Uber e Moto-taxistas.

A proposta inicial do prefeito Hagge que obriga a implantar o taxímetro nos taxis de Itapetinga foi derrubada pela Câmara de Vereadores, onde os parlamentares ouviram as queixas da categoria que apontavam uma concorrência desleal com motorista de aplicativos e moto-taxistas, ao alegarem que o custo de uma corrida com o aparelho poderá custar até 100% mais caro do que seria cobrado por um Uber.

Em Itapetinga uma corrida por aplicativo custa em média R$ 10 reais, o taxi está por 15 reais à corrida. Uma diferença que poderá salgar ainda mais com uso do taxímetro para percurso a bairros distantes como Nova Itapetinga, Clodoaldo Costa, moradias habitacionais e as vilas saindo de bairros centrais.

A diferença de 100% no valor de uma corrida em comparação aos de aplicativos estaria no taxímetro, no exato momento que o passageiro pegue o taxi, ao sentar no veiculo ele será obrigado a pagar o custo de um litro de gasolina de próximo, hoje, de R$ 6 reais. Geralmente o preço da gasolina é o parâmetro custo da taxa do taxímetro na maioria das cidades no Brasil.

Mas se você acha que o prefeito de Itapetinga está errado na obrigatoriedade da implantação do taxímetro na cidade. Você está completamente enganado. Rodrigo Hagge vetou porque cumpriu a legislação federal que obriga o aparelho em taxi em cidade acima de 50 mil habitantes, que o nosso caso.

Com o veto do prefeito que obriga o uso do taxímetro, a bomba relógio volta para Câmara de Itapetinga em ano eleitoral. Se vereadores confirmarem o veto de Hagge receberam forte pressão dos taxistas da cidade na eleição. Para evitar confronto com os taxistas, dentro do Parlamento a derrubada do veto prefeito é dada como certa, e tudo indica que o caso deva para na justiça por iniciativa do Ministério Público que vem fazendo pressão para implantação do taxímetro na cidade.

Certo que nessa guerra por uso obrigatório do taxímetro em Itapetinga único perdedor será os taxistas que sofreram a cada batalha na sobrevivência da categoria onde muitos serão obrigados a migrar para os aplicativos para ganhar o pão de cada-dia. Aqueles que desejarem seguir a profissão se o veto do prefeito prevalecer terá ainda de custear a compra do taxímetro digital a custo de hoje, de R$ 600 a 900 reais.