Grupo liderado pelo prefeito Rodrigo Hagge teme fuga de ZéOtavistas para campanha de Cida Moura.
Grupo liderado pelo prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge já temem fuga de votos ZéOtavista. |
Passada a euforia da oficialização da pré-candidatura a prefeito do emedebista Eduardo Hagge, o grupo político controlado pela família Hagge, começou a cair na real, sobre o peso de uma disputa eleitoral para um terceiro mandato consecutivo do clã dos gabirabas na Prefeitura de Itapetinga.
Rodrigo Hagge irá apoiar a candidatura do seu próprio tio, em um jogo familiar pela cadeira de chefe do Executivo municipal. Mas para galgar o sonhado sexto mandato dos Hagge na Prefeitura de Itapetinga, ele teria que manter a mesma estrutura que o elegeu por duas vezes sobre uma união de ex-prefeitos de Itapetinga, em uma formação de aliança que permitiu a diversidade do voto do eleitorado da cidade, agora, perdida com a saída dos principais líderes do União Brasil, em especial, José Otavio Curvelo.
Mesmo com manutenção de boa parte da cúpula do União Brasil no apoio a futura candidatura de Eduardo Hagge, o imbróglio a ser discutido é o apoio dos líderes da legenda, o ex-prefeito José Otavio e o vice-prefeito Renan Pereira se manterem ao lado dos Hagge ou responderão a traição com apoio a candidatura opositora Cida Moura. Sobre o apoio da cúpula do partido com os gabirabas só terá expressão se os líderes os acompanhem, caso contrário, não terão força de atrair os votos ZéOtavistas.
José Otavio e Renan são avisados que Cida Moura vai para PSD (VEJA AQUI) |
Na visão de gabirabas da cúpula emedebista a saída de José Otavio da aliança MDB/União Brasil deve beneficiar Cida Moura na eleição com fuga de eleitores simpatizantes do médico e ex-prefeito, de um movimento ZéOtavista idêntico ocorrido na eleição 2008, o que deixa entender que esse eleitorado sempre esteve com José Carlos Moura por ter sido vice-prefeito de José Otavio.
E para piora, tem Renan Pereira, um vice-prefeito raivoso que dá forte sinais de ir para candidatura opositora independente da ida ou não de José Otavio. Onde governistas chamam de erro provocado pelo próprio grupo MDB que impôs candidatura sem antes negociar com antigos parceiros do União Brasil. É o que dizem integrantes do partido governista em Itapetinga.
O desgaste político de Rodrigo Hagge por má-gestão e acusações de corrupção no qual é réu na justiça põem o prefeito em uma eleição tentando mostrar força política por está sentado na cadeira de prefeito e com uma máquina pública nas mãos, o que em tese, para ele, é o suficiente para garantir mais um mandato dos Hagge.
Mas isso, na teoria emedebista de centrar apoio de políticos e partidos aos Hagge que trará vitória para mais um mandato do clã na eleição municipal. Mas na prática, a história ganha contorno de eleição 2008 onde Michel Hagge acumulou o maior número de vereadores e partidos a seu favor e foram humilhados nas urnas por um Moura.
Passados 16 anos, a história volta a se repetir com outro Moura, e desta vez, com uma mulher, que será a grande novidade na eleição e algo verdadeiramente novo e não um candidato que de novo só tem o primeiro nome já que se trata de mais um Hagge.
Como diz um dos colunistas do IDenuncias: “gabiraba sozinho, não faz eleição.” E com perda da diversidade do voto com saída de José Otávio o gabirabismo está completamente só.