Luciano Almeida se revela um presidente de Câmara manco e incapaz de ajudar a gestão Eduardo Hagge

Luciano Almeida se revela um presidente de Câmara manco e incapaz de ajudar a gestão Eduardo Hagge

Novo chefe da Câmara de Itapetinga é o primeiro presidente da história a não garantir maioria de votos ao prefeito no plenário do Legislativo.

Luciano Almeida se revela um presidente de Câmara manco e incapaz de ajudar a gestão Eduardo Hagge
Prefeito de Itapetinga Eduardo Hagge (MDB), vê grupo de apoio ao presidente Luciano Almeida minguar há quinze dias da retomada dos trabalhos legislativo.

A política ensina que um erro de escolha de um mau candidato se paga por quatro anos. No caso do prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge (MDB), um erro de escolha de um candidato a presidente da Câmara Municipal tem alto custo e seu prejuízo transcende a capacidade da administração em barganhar para governar.

As muletas que apoiam o novo presidente da Câmara Municipal de Itapetinga, Luciano Almeida (MDB), revelam que o material de sustentabilidade à gestão Eduardo Hagge no Parlamento é de péssima qualidade e põem em risco o governo gabiraba 3 pelos próximos dois anos, prazo de duração do mandato do chefe do legislativo, por não haver maioria para votações em plenário de projetos de leis do Poder Executivo.

Quando Eduardo Hagge optou por apoiar a candidatura do atual presidente Luciano Almeida, ele havia sido induzido a acreditar que era a melhor opção para o governo municipal por atrair quatro vereadores da oposição e quatro governistas. Só que a matemática da maioria não corresponde à realidade em plenário do legislativo, onde o prefeito dependerá do seu grupo de vereadores “derrotados & furiosos” no pleito legislativo para tentar administrar a cidade.

Vereadores dão xeque-mate no prefeito Eduardo Hagge: ‘negocia, ou não passa nada na Câmara’ (VEJA AQUI)

Dos oito votos de vereadores que levaram Luciano Almeida a sentar na cadeira de chefe do Legislativo, a primeira baixa vem por conta da legislação que só permite voto de presidente em caso de empate. A segunda baixa estaria por conta da saída forçada da vereadora Sibele Nery (PT), que havia recebido um xeque-mate do seu partido, e do deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), que ameaçou cortar cargos no Estado se a vereadora não retornar à órbita opositora na cidade.

Com apenas 6 vereadores em plenário, o novo presidente da Câmara tem a oferecer mais dúvidas do que certeza de apoio ao prefeito de Itapetinga no Poder Legislativo.

O vereador de oposição Tiquinho Nogueira (PSD), que fez juras de amor ao prefeito Eduardo Hagge, é hoje, um deserto de dúvidas. O parlamentar é tarado por barganhas, a depender da capacidade que a gestão Eduardo Hagge possa oferecê-lo, ele continua, ou cai fora.

O novato e jovem vereador de oposição Daniel Lacerda (Podemos) deve remar de acordo com a maré. Se houve projetos de lei do Executivo polêmicos capazes de mobilizar a sociedade nas redes sociais, não vota, o que pode levar Almeida e o prefeito Eduardo Hagge amargar a terceira baixa.

A vereadora de oposição Sol dos Animais (Solidariedade) é hoje taxada na Câmara de Itapetinga como ‘voto traíra’, que significa ‘inconfiável’. Isso, após ela trair sua chapa para eleger Luciano Almeida presidente, sendo vista com desconfiança por todo o Parlamento. Na Prefeitura, Sol é tratada como uma aliada instável e estará sob observação do executivo quando iniciar as votações.

Os vereadores governistas Manu Brandão (MDB), Neto Ferraz (PDT) e o novato Pastor Jean Doriel (PL) são apostas da gestão Eduardo Hagge para garantir votos no plenário. Mas, o vereador pastor é dúvida nas votações de projetos de lei polêmicos sobre a capacidade do parlamentar religioso suportar a pressão vinda das ruas, que nesse caso, das redes sociais.

Com pouco apoio a oferecer ao prefeito de Itapetinga, Luciano Almeida é o primeiro gestor legislativo da história do Parlamento Municipal a comandar a Casa, e não garantir maioria nas votações ao Executivo. Fato que coloca Eduardo Hagge emparedado por vereadores governistas que ele ajudou a derrotá-los na eleição interna da Câmara.

Crise gabiraba devora agenda positiva de Eduardo Hagge nos primeiros dias de gestão (VEJA AQUI)

Os parlamentares governistas Valquirão (MDB), Tele (MDB), Peto (MDB), Tarugão (MDB), Anderson Da Nova (União Brasil), com ajuda dos opositores Diga Diga (PSD) e Sidinei do Sindicato, construíram uma muralha impenetrável ao projeto de lei da Prefeitura no Parlamento, obrigando o prefeito a negociar para administrar o município.

Há 15 dias da retomada dos trabalhos legislativo, as desastradas táticas executiva deixa o novo presidente manco e desacreditado sobre a capacidade de agregar novos apoios para ajudar a gestão Eduardo Hagge. Com Luciano Almeida enfraquecido, o prefeito só terá um caminho: ou abre as portas da Prefeitura para os vereadores “derrotados & furiosos”, ou, eles pavimentaram o caminho da saída do prefeito pelas portas do fundo do Poder Executivo ao paralisar à administração.