Reclamação do prefeito de Itapetinga não solucionará a situação; é necessário que ele se empenhe para estancar o crescente desgaste político.
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Prefeito de Itapetinga Eduardo Hagge em entrevista a uma emissora de rádio. |
Em meio a uma drástica queda na popularidade, após apenas três meses à frente da Prefeitura de Itapetinga, o prefeito Eduardo Hagge choraminga pelos quatro cantos nos bastidores do poder municipal. Ele atribui sua dificuldade em trabalhar à dívida deixada por seu sobrinho e ex-prefeito, Rodrigo Hagge (MDB).
O que se escuta frequentemente do gabinete do prefeito é sua reclamação de estar preso às consequências da gestão anterior. Seu lamento constante tornou-se um bordão para justificar a paralisia completa de sua administração, comprometendo seriamente o simbolismo dos primeiros 100 dias de governo.
Essa excessiva choradeira, o descaso com seus aliados de campanha, a lentidão em nomear os indicados pelos vereadores e uma assessoria que parece mais interessada em bajulação do que em eficiência, resultam em uma gestão que falha em entusiasmar e transmitir confiança aos cidadãos, deixando a impressão de que a cidade não está seguindo o caminho certo.
A falta de visão na administração de Eduardo Hagge se manifesta claramente em erros simples e em prioridades mal definidas, o que resulta em constantes desavenças com sua base aliada na Câmara Municipal de Itapetinga, além de descontentamento entre seus correligionários que se sentem excluídos do governo.
A mudança do nome do bairro Quintas do Sul, ignorando as 3 mil assinaturas de moradores que se opuseram à proposta do vereador Tiquinho Nogueira (PSD), apenas para atender ao desejo da esposa do prefeito em homenagear o sogro de Eduardo Hagge (MDB), foi um erro político grotesco que gerou descontentamento popular em toda a cidade, especialmente entre aqueles que apoiam a luta dos moradores de Quintas contra a administração municipal.
E, para agravar a situação, a cada dia se torna mais distante a promessa de retorno à Prefeitura de Itapetinga por parte de correligionários da campanha eleitoral de Eduardo Hagge, o que resulta em um fechamento ainda maior das portas para seus aliados, ou manter a esperança que um dia será avaliado as propostas de empregos. Diante das incertezas, os apoiadores começam a se afastar e o cenário se agrava com ex-correligionários que se voltam contra os governistas de olho na oposição liderada por Cida Moura (PSD). Um indicativo disso é o crescimento das mídias opositoras, que estão sufocando a administração de Eduardo Hagge, trazendo desgaste nas redes sociais, impulsionadas por ex-gabirabas que foram deixadas de lado.
Além disso, a linha de defesa do governo municipal na Câmara de Vereadores encontra-se fragilizada, devido à divisão provocada pelo próprio prefeito ao escolher um lado na disputa pela presidência do legislativo. Os vereadores aliados estão enfrentando dificuldades em suas bases eleitorais, visto que muitos dos seus eleitores estão criticando-os pela falta de emprego no Executivo após a eleição do prefeito, já que as indicações de cargos no Executivo têm sido escassas.
Na gestão Eduardo Hagge impera o grito dos arrependidos (VEJA AQUI)
Mas há outro fator de desgaste político que esta levando a corroer a popularidade de Eduardo Hagge. As seguidas intromissões da mulher e filho do prefeito na governabilidade. A primeira-dama Zezé Hagge e seu filho adolescente Dudu Hagge ganharam tanto poder que são eles que decidem sobre quem está dentro ou fora da Prefeitura. Ação familiar, está deixando o prefeito em segundo plano e sem poder de decisão, onde aliados procuram a esposa e filho para barganhar invés do próprio gestor municipal.
O “mimimi” de Eduardo Hagge também parece ter perdido a eficácia neste mês de março, e, ao se aproximar de abril, ele se encontra exposto a uma série de ataques, principalmente vindos de ex-gabirabas, que estão dispostos a ofensiva contra uma gestão amarelada a ficar roxa de raiva com críticas ao impopular Tiozão.
É mimimi, é Tiozão, é vida que segue...
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