Pesquisa interna aponta empate técnico entre Jerônimo e ACM Neto no município; aliança política se torna crucial para Eduardo evitar derrota a governador.
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Os desafios do prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge (MDB), em buscar votos para petista em uma base antipetista. |
Uma pesquisa interna encomendada por um partido estadual, obtida com exclusividade pelo IDenuncias, revela um cenário de empate técnico em Itapetinga entre o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), que aparece com 3% à frente, dentro da margem de erro. O dado contrasta com levantamentos anteriores, nos quais Jerônimo chegou a ter mais de 55% nas simulações contra ACM Neto, vantagem que diminuiu sem que o ex-prefeito soteropolitano visitasse a cidade desde as eleições de 2022, quando obteve mais de 60% dos votos válidos no município.
No cenário estadual, ACM Neto lidera com folga: pesquisa da Paraná Pesquisas no fim de julho apontou o ex-prefeito com 53,5% das intenções de voto, contra 28,1% de Jerônimo, indicando uma possível vitória no primeiro turno. Em Itapetinga, a força de ACM Neto está vinculada ao apoio do ex-prefeito e candidato a deputado estadual Rodrigo Hagge (MDB), mas sua influência local remonta à era do ex-prefeito José Otavio Curvelo, que governou em alinhamento com o então governador ACM, consolidando o carlismo e afastando o PT da preferência eleitoral.
Eleito em 2024 sob a bandeira opositora ao PT e ao governador Jerônimo Rodrigues, o prefeito Eduardo Hagge (MDB) surpreendeu aliados ao se alinhar com o petista após garantir investimentos estaduais, incluindo a construção de um hospital regional e uma policlínica, promessas que, ironicamente, foram bandeiras de campanha de sua rival, Cida Moura (PSD).
Agora, porém, Hagge enfrenta resistência dentro do próprio grupo político, formado por aliados históricos que se recusam a apoiar o PT. Parte dessa base, ligada ao bolsonarismo, ainda não digeriu a derrota de Jair Bolsonaro para Lula em Itapetinga em 2022 e vê com desconfiança a aproximação com Jerônimo.
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Com Jerônimo em visível perdendo força na cidade, a única saída para Eduardo pode ser justamente uma aliança com Cida Moura, que mantém influência em um eleitorado mais alinhado ao PT. Sem esse apoio, o prefeito corre o risco de não conseguir sustentar a base petista e ainda enfrentar desgaste interno, o que poderia levar a um duplo fracasso nas urnas em 2026.
A pesquisa, ainda que um retrato momentâneo, deixa claro: Prefeito Hagge está encurralado entre duas forças. Se insistir no alinhamento com Jerônimo sem resolver as divisões internas, poderá colocar em risco não apenas a reeleição do governador no município, mas também seu próprio futuro político.
A escolha é urgente: unir-se a Cida Moura para fortalecer Jerônimo ou assumir o risco de um colapso eleitoral que pode ecoar até 2028. Enquanto hesita, o tempo e o apoio popular podem estar se esgotando.
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O recado está dado. Resta saber se Eduardo optará pela estratégia ou pelo isolamento, já que não tem força de liderança desde que sentou na cadeira de prefeito.
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