Cidade mantém ritmo de crescimento no emprego formal, mas indústria calçadista, principal motor da economia local, enfrenta incertezas externas.
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Geração de emprego em Itapetinga, ameaçada com tarifaço de Trump contra o setor calçadista, principal empregador na cidade. |
Itapetinga registrou a criação de 138 empregos formais em junho, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira (4) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo positivo é resultado de 634 contratações contra 496 desligamentos, impulsionado principalmente pela indústria calçadista, setor-chave da economia local.
A cidade vive um bom momento no mercado de trabalho: entre março e junho, foram abertas 940 vagas com carteira assinada, uma sequência de crescimento semelhante só havia sido registrada em 2021. No entanto, o cenário pode estar sob ameaça. O principal setor industrial de Itapetinga, puxado pela Vulcabrás/Azaleia, maior empregadora do município, enfrenta incertezas diante da recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre as importações de calçados brasileiros.
A medida preocupa o setor. Atualmente, cerca de 20% das exportações brasileiras de calçados têm como destino o mercado norte-americano. Em Itapetinga, a indústria respondeu sozinha por todo o saldo positivo de vagas abertas no mês de junho.
Ninguém leva a sério, mas Itapetinga sofrerá com desemprego se tarifaço de Trump for pra valer (Clic Aqui)
A Indústria criou 447 postos de trabalho formal e desligou 309, gerando saldo líquido de 138 empregos, exatamente o número total de vagas criadas na cidade no período. Com esse desempenho, o setor fechou o mês com um estoque de 9.248 trabalhadores formais.
A Construção Civil também teve desempenho positivo, com 42 admissões e 22 demissões, resultando em 20 novas vagas e um estoque de 325 trabalhadores com carteira assinada.
O Comércio registrou 92 contratações e 80 desligamentos, abrindo 12 novas vagas e alcançando um total de 2.456 trabalhadores formais.
Já o setor de Serviços foi o que mais demitiu: contratou 39 e desligou 67 trabalhadores, encerrando o mês com saldo negativo de 28 postos e um estoque de 4.374 trabalhadores.
O setor Agropecuário também apresentou desempenho negativo, com 14 admissões e 18 demissões, saldo de menos 4 vagas. O segmento fechou o mês com 706 trabalhadores formais.
Do total de 138 novos empregos criados em junho, 93 foram ocupados por homens e 45 por mulheres, refletindo uma predominância masculina nas contratações para o mês.
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