Base aliada em crise: vereadores do prefeito expõem crise na saúde de Itapetinga com falta de medicamentos e exames médicos a população.
![]() |
Liderança do prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge (MDB), na Câmara Municipal em meio a racha na base aliada. |
A saúde pública de Itapetinga está no limite do colapso, falta de medicamentos básicos, exames médicos praticamente paralisados e uma população refém do descaso. O que parecia um problema que estava sendo cuidadosamente jogado para debaixo do tapete, virou um conflito político interno e revelou uma divisão profunda dentro da base aliada do prefeito Eduardo Hagge (MDB) na Câmara Municipal.
Há meses, moradores enfrentam a ausência de remédios essenciais como os para hipertensão, antibióticos e anti-inflamatórios nos postos de saúde. No Centro de Diagnóstico Municipal (CDM), a situação é ainda mais grave: exames que deveriam ser rotina estão com filas de espera de até um ano. A justificativa oficial? Falta de dinheiro. Mas não é bem assim, verbas federais destinadas à saúde chegam mensalmente ao município e deveriam garantir justamente esses serviços obrigatórios.
A crise, que deveria ser tratada com discrição, explodiu na Câmara de Vereadores, expondo o racha na base do prefeito. Durante a abertura dos trabalhos legislativos, uma vereadora aliada usou a tribuna para culpar o ex-prefeito Rodrigo Hagge, sobrinho do atual prefeito Eduardo, pela dívida de R$ 28 milhões deixada pela gestão anterior na Secretaria de Saúde, dívida essa que, segundo ele, estaria sufocando as demandas de atendimento de exames e medicamentos a população.
A situação piorou quando a vereadora Sibele Nery (PT), também aliada do prefeito, fez acusações sérias: afirmou que recursos destinados obrigatoriamente à saúde estariam sendo desviados para o pagamento dessas dívidas. Se confirmado, isso configura crime de responsabilidade e uma afronta à Constituição, que exige o investimento integral desses recursos na saúde pública.
Câmara volta aos trabalhos em clima racha na base do prefeito Eduardo Hagge e revides pela frente (Clic Aqui)
O posicionamento isolado da vereadora revelou não apenas a crise na saúde, mas a fragilidade política dentro do governo municipal e da base aliada do prefeito no legislativo.
A fala da vereadora petista gerou desconforto dentro da base aliada. Vereadores alinhados a Rodrigo Hagge defenderam o ex-prefeito, alegando que estão no Legislativo para proteger quem os elegeu e não aceitaram as críticas à gestão que, segundo eles, levou a saúde pública ao caos. Eles cobraram soluções efetivas para a falta de medicamentos e exames para a população.
O embate evidenciou um clima tenso e dividido na Câmara, especialmente entre os aliados do prefeito. A isolada posição de Sibele Nery revelou não só a crise na saúde, mas também a fragilidade da base política de Eduardo Hagge e as disputas internas no clã Hagge. A liderança do prefeito no Legislativo parece estar por um fio. Enquanto, isso, a saúde da cidade está sendo empurrada com a barriga.
Social Plugin