Série de crises internas ameaça engolir prefeito inexperiente e isolar gestão Eduardo Hagge em pleno ano eleitoral.
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| Aliados do prefeito de Itapetinga veem derreter a popularidades de Eduardo Hagge (MDB), em Itapetinga. |
O grupo político do prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge (MDB), acordou para uma realidade cruel. Após meses de uma sequência de desastres pessoais e políticos, a base do prefeito finalmente admite: a gestão naufraga, a popularidade despenca e o tempo para reagir é curto.
A trama que ameaça o mandatário itapetinguense tem todos os elementos de um drama político. Eduardo, desde que assumiu o cargo, promoveu uma sucessão de atritos com a própria base que o elegeu. Comprou briga com seu mentor e principal cabo eleitoral, o sobrinho e ex-prefeito Rodrigo Hagge, responsável por sua vitória nas eleições de 2024.
A crise na esfera pública encontrou eco na vida pessoal. O prefeito amargou a traição conjugal da esposa, que culminou em separação. Mas a "mancada" que serviu de estopim para uma enxurrada de críticas nas redes sociais foi sua ausência na inauguração do primeiro Centro Oncológico para tratamento do câncer na cidade. Enquanto celebrava a chegada de um serviço de saúde crucial, o prefeito era flagrado curtindo um resort de luxo nas praias de Ilhéus com a nova namorada. As imagens, é claro, foram trituradas nas redes sociais.
O "caminhão de problemas" criou um cenário de perfeita tempestade. Pesquisas internas já colocam Eduardo Hagge em terceiro lugar em uma eventual disputa pela reeleição, mesmo com as eleições municipais marcadas apenas para 2028. A percepção é a de um prefeito isolado, que perde força e influência a cada dia.
Efeito Rodrigo Hagge: Prefeito Eduardo Hagge tenta maquiar vexame nas urnas.
Diante do abismo, aliados mais pragmáticos acionaram o modo de emergência. A estratégia é um recuo tático e a retomada das mesas de negociação com os vereadores da base, e até mesmo uma reaproximação dolorosa com o sobrinho Rodrigo Hagge. O objetivo é claro: tentar reconstruir a base de sustentação e evitar um vexame eleitoral já no pleito do próximo ano.
O grande obstáculo, no entanto, pode ser o próprio prefeito. Segundo interlocutores da gestão, convencer Eduardo Hagge da gravidade da situação é o primeiro passo. "O problema é que o prefeito não tem essa visão, já que é inexperiente na política", confessa um aliado. "Mas se continuar nessa balada teimosa, será engolido depois da eleição de outubro do ano que vem."
A cortina desceu para o drama político em Itapetinga. De um lado, aliados desesperados tentando conter os estragos. De outro, um prefeito fragilizado, cercado pelas consequências de seus próprios erros, assistindo seu poder escorrer entre os dedos. A questão que paira no ar é se ele ainda ouvirá os apelos para salvar o que resta de seu governo.
É desmanche, é vida que segue...
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