Aliados do prefeito Eduardo Hagge tentam inverter a narrativa do conflito familiar que ameaça sua gestão, acusando o ex-prefeito Rodrigo Hagge pela ruptura que eles mesmos provocaram.
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Guerra familiar do clã Hagge vai parar redes sociais. |
Um drama familiar com ingredientes de thriller político se desenrola nos bastidores de Itapetinga. De um lado, o prefeito Eduardo Hagge (MDB). Do outro, seu sobrinho e antecessor no cargo, Rodrigo Hagge (MDB). O palco da vez são as redes sociais, onde a guerra de narrativas define quem será coroado como herdeiro legítimo do clã e quem será crucificado como traidor.
A mais recente investida veio de aliados do prefeito. Em um texto carregado de drama, eles acusam Rodrigo Hagge de ser o arquiteto da própria queda, um político que manchou o legado da família ao criar um grupo supostamente obscuro, os “Saruês”, e deixar um “rombo de mais de 50 milhões” nos cofres públicos. Eduardo, na narrativa publicada, é o filho honrado que “resgatou a verdadeira essência” dos Gabirabas a marca política do patriarca Michel Hagge (MDB), ao romper com o sobrinho.
A peça é quase shakespeariana: um príncipe (Eduardo) precisa limpar o reino corrompido pelo príncipe anterior (Rodrigo) para restaurar a honra do rei (Michel). É uma narrativa, simples e conveniente. Só que, segundo apurado nos meios políticos locais, a realidade dos bastidores conta uma história diametralmente oposta.
A versão que circula entre os fiéis do clã Hagge é que a traição veio de cima. Eduardo Hagge, eleito em 2024 com o suor do ex-prefeito Rodrigo Hagge e o capital político dos “gabirabas” históricos os seguidores de seu pai, Michel teria virado as costas para sua própria base. O motivo? A obsessão em criar um grupo político que fosse inteiramente seu, livre da sombra do pai e do sobrinho.
Para isso, o prefeito estaria abrindo as portas da Prefeitura de Itapetinga para ex-adversários e opositores da última campanha, oferecendo cargos e posições que eram cobiçadas pelos gabirabas que o levaram à vitória. A estratégia de atrair a oposição para formar uma nova base de apoio, aos troncos e barrancos, é vista como a verdadeira hostilidade, onde a causa primária do rompimento seria exigência do tio prefeito em Rodrigo apoiar petistas traído o compromisso dados aos adversários dos petistas baianos ACM Neto.
Neste cenário, a acusação pública contra Rodrigo Hagge não é um grito de guerra; é um salvo de retaguarda. É uma manobra para tentar ganhar na opinião pública a legitimidade que se perdeu dentro do próprio grupo. Ao chamar o sobrinho de “traidor”, os aliados de Eduardo buscam criar um inimigo externo para unir o que resta de sua base e justificar a purga em curso.
O que estamos testemunhando não é apenas uma disputa política. É um conflito de sangue e poder pela alma de um legado. A publicação nas redes sociais é o reflexo do desespero de um grupo que, ao se ver rejeitado por seu próprio líder, precisa reescrever a história para não ser lembrado como o vilão dela.
Não é oposição que decretará o fim dos gabirabas, e sim sua própria cria (Click Aqui)
A imagem que fica não é sobre quem deixou o maior rombo financeiro, isso caberá à Justiça e aos tribunais de contas apurarem. A pergunta de momento é: em quem você acredita? Na narrativa convenientemente publicada nas redes, ou na decepção silenciosa e no afastamento daqueles que, até ontem, eram a família política do prefeito?
Enquanto a família Hagge não se resolver, a cidade seguiria como espectadora e vítima de um teatro onde todos acusam.
É IDenuncias, é Clã Hagge, é vida que segue...
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