Prefeito de Itapetinga Eduardo Hagge barganha cargos com base aliada para calar fiscalização de gastos pelos vereadores.
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| Na imagem por IA: os vereadores Daniel Lacerda (Podemos) e a vereadora Sol dos Animais (Solidariedade) |
Tá aí uma aula de como desmontar a fiscalização sem sujar as mãos. Em Itapetinga, a função do vereador não é cuidar do nosso dinheiro, é fazer fila no gabinete do prefeito para receber a sua "mesada".
A cena foi patética: em plena sessão da Câmara, os vereadores: Sol dos Animais (Solidariedade) e Daniel Lacerda (Podemos) pediram para tirar suas assinaturas de uma proposta que, pasmem, tentava colocar um freio na farra do prefeito Eduardo Hagge no orçamento do município.
A proposta era simples: limitar o poder do prefeito de remanejar verba sem pedir permissão à Câmara. Hoje, Eduardo Hagge tem um CHEQUE EM BRANCO para mexer em 100% do orçamento. A média do Brasil é 30%. A proposta baixaria para 40%, que ainda é muito, mas já era um começo.
A jogada dos vereadores Sol e Daniel, de retirar as assinaturas da emenda do fim do “cheque em branco” no orçamento, claro, matou a proposta. Coincidência? A mesma coincidência de sempre: cargos e favores trocados nos bastidores.
Com isso, a dupla se junta ao time de vereadores Sibele Nery (PT), Pastor Jean Doriel (PL), Pastor Evandro (MDB), Tiquinho Nogueira (PSD), Anderson da Nova (União Brasil) e Manu Brandão (MDB), que fingem trabalhar, mas, na verdade são só funcionários de luxo do prefeito. A missão deles é uma só: garantir que Eduardo continue gastando nosso dinheiro sem dar satisfação a ninguém.
Com aval de vereadores, Eduardo Hagge usa decretos para gastar R$ 95 milhões sem prestar contas.
E esse esquema não é novo. É uma tradição há quatro gestões municipais em Itapetinga. Começou com o ex-prefeito José Carlos Moura (PT), passou para o sobrinho Rodrigo Hagge (MDB) e agora o tio Eduardo Hagge (MDB) aperfeiçoou a arte.
E o que ele faz com esse poder? Governa por decretos. Em menos de um ano, ele já remanejou a bagatela de R$ 94,3 MILHÕES. Dinheiro que deveria estar na saúde e educação, sumindo para tapar buraco em outro lugar, sem explicação.
Enquanto isso, “toc..toc..” a Câmara de Vereadores? Tá ocupada. Muito ocupada distribuindo currículos e pedindo emprego no governo que deveria fiscalizar.
Mas, não vamos generalizar, porque nem tudo é farinha do mesmo saco na Câmara de Itapetinga. Afinal, os vereadores Peto (MDB), Valquirão (MDB), Telê (MDB), Tarugão (MDB), Sidinei do Sindicato (PSD) e Diga Diga (PSD) estão contra a gastança milionária do prefeito, que nunca explica onde o dinheiro vai parar.
E nem tudo está perdido. No fim das contas, Sol e Daniel podem muito bem voltar atrás e recolocar suas assinaturas na proposta, ou votar contra os 100% do orçamento. Assim, forçariam o prefeito Eduardo Hagge a PEDIR permissão aos vereadores e, finalmente, teria que ESCLARECER como planeja gastar a grana pública.
Pelo que se vê, Itapetinga virou um caso clássico: o orçamento público é a carteira pessoal do prefeito, e a Câmara é o bolso furado que deixa o dinheiro escorrer. O povo que se vire para pagar a conta.

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