Lula aguarda STF julgar suspeição de Moro para dá inicio a corrida 2022

Lula aguarda STF julgar suspeição de Moro para dá inicio a corrida 2022

Só resta para o petista o julgamento no STF da suspeição de Moro, para dá inicio a campanha rumo ao Planalto 2022



Lula aguarda STF julgar suspeição de Moro para dá inicio a corrida 2022
Para o petista só resta uma barreira que impede sua candidatura, a suspeição de Moro, que pode anular a condenação no caso do triplex do Guarujá.

Em definitivo podemos dizer que os ventos de 2018, que levou Jair Bolsonaro ao poder, não sopram como antes, aliás, tudo indica está mudando de direção. Tudo por conta da libertação do ex-presidente Lula.

A saída do petista da cela de Curitiba caiu como uma tempestade sobre as cabeças dos bolsonaristas e seguidores radicais do presidente. Que perceberam que não estão mais sozinhos. Agora, eles têm um adversário de peso para contrapor os excessos da extrema direita.

Até a semana passada, os seguidores bolsonaristas se deleitavam nas redes sociais, palanque do clã Bolsonaro, encobrindo as mazelas dos filhos do presidente com esquema de ‘rachadinha’, até frigirem que a indicação de Eduardo a embaixada nos Estados Unidos era tudo normal e não imoral. Assim como apoiar as amalucadas atitudes de Jair Bolsonaro com seu radicalismo desproporcional ao cargo que exerce de presidente do Brasil.

Mas tudo parece ter mudado em apenas 2 dias após a saída do ex-presidente Lula da prisão. Os ataques provocativos de ambos os lados polariza o que parece, que a companha presidencial 2022, já começou.

Para Lula, só resta mais um julgamento para que seus planos de retorno ao poder seja colocado verdadeiramente em prática. A suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, hoje, ministro de Bolsonaro, pode anular a condenação no caso do tríplex do Guarujá. Na prática Lula restabelece seus direitos politico abrindo as porta para corrida presidencial.

A segunda turma do STF deve concluir o julgamento na próxima semana do habeas corpus de Lula, que questiona a imparcialidade de Moro quando era juiz. Com revelações dos diálogos pelo site The Intercept Brasil, que aponta o conluio do juiz com procuradores da Lava Jato para condenação do petista. Nas gravações Moro combina testemunhas e orienta os procuradores como agirem no processo contra Lula. A lei não permite que juízes torne parte de um processo seja do acusado ou do réu.

No julgamento que pede a suspeição de Moro, já votaram contra os ministros Edson Fachin e Cármem Lúcia, restando os votos de Ricardo Lewandowski , Celso de Mello, em caso de empate Gilmar Mendes decide por ser o presidente da 2ª turma. Na época dos votos de Cármem e Fachin, as revelações das mensagens secretas dos procuradores da Lava Jato com então juiz Moro, não teriam vindo à tona.

Lewandowski e Gilmar compõem a ala da Corte mais crítica aos métodos da Lava Jato, além de serem os que menos concordam com o relator na Turma [Fachin]. Dessa forma, não será surpreendente se eles votarem contra Moro.

Mas o voto decisivo para a suspeição de Moro, esta nas mãos do ministro Celson de Mello, que não é a primeira vez que Celso analisa a conduta do ex-juiz. Em 2013, o ministro deu o único voto para que o então juiz fosse declarado suspeito em caso de evasão de bilhões de reais do Banestado. À época, Moro atuava na 2.ª Vara Federal de Curitiba, especializada em crimes de lavagem de dinheiro. Celso proferiu o voto para anular o processo, ao concluir que Moro tinha violado o direito fundamental de que todo cidadão deve ser julgado com imparcialidade.

Com as revelações das mensagens publicadas pelo Itercept Brasil, os ministros Corte tem munição suficiente contra Moro. O que provocando anulação da condenação de Lula, levando o processo a estaca zero.

A força de Lula é a capacidade de replicar no Brasil um sentimento de saudosismo com o populismo assistencialista, além da habilidade de aglomerar partidos e políticos insatisfeitos. Muito distante de Bolsonaro, que consegue afastar e perde aliados na mesma velocidade que chegou ao topo do poder.