Decisão no STF sobre Coaf, ameaça a sobrevivência da principal e mais avançada investigação contra a família do presidente Jair Bolsonaro.
Senador Flávio e o vereador Carlos Bolsonaro alvos do Ministério Publico do Rio de Janeiro, suspeito de esquema de rachadinha |
Hoje, sem dúvida é o dia’ D’ para os filhos do presidente Jair Bolosnaro, quando a Supremo Tribunal Federal (STF) julga o compartilhamento de dados de órgãos de controle como o antigo Coaf ameaça real a sobrevivência politica de Flávio e Carlos Bolsonaro.
Os esquemas de assessoria laranja nos parlamentos brasileiro encantaram os bolsonaros que ao longo de seus mandatos como vereador e deputados, conseguiram se enroscarem com as ‘rachadinhas’ empregando fantasmas e laranjas com finalidade de reterem parte dos salários de seus comissionados lotados em gabinetes.
Caso o STF, não imponha limites ao compartilhamento de dados financeiros avança uma perigosa investigação sob o clã Bolsonaro.
Fabrício Queiroz, um policial militar aposentado e ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro quando este era deputado estadual, é também alvo de apuração cível, a princípio não afetada pela liminar do ministro Dias Toffoli.
Em julho, Flávio recorre, ao presidente do Supremo, Toffoli que suspendeu investigações criminais que envolvem dados bancários detalhados fornecidos por órgãos de controle sem prévia autorização da Justiça. Era o caso da apuração sobre Queiroz e o senador.
O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) também está na mira de promotores em autos sem relatórios do tipo e sem movimentação atípica, porém existência de provas, da prática da ‘rachadinha’, ao implantar em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, assessores laranja e fantasmas, com uso de parentes no esquema.
A situação de Flávio Bolsonaro é mais complicada, que o do seu irmão Carlos, a investigação criminal do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre o caso Queiroz é o que está em estágio mais avançado.
A Justiça do Rio já autorizou as quebras de sigilo fiscal e bancários de 103 pessoas físicas e jurídicas, além de ter determinado à Receita Federal o envio de notas fiscais emitidas em nome de Flávio, Queiroz e alguns parentes.
Esse avanço tem como origem o relatório do antigo Coaf que apontou movimentação financeira atípica de Queiroz de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
No relatório detalhava data, agência bancária e alguns horários das dezenas de saques e depósitos realizados nas contas do ex-assessor parlamentar Queiroz.
Outros cinco relatórios foram feitos para instruir a investigação, sendo quatro a pedido da Promotoria. Um deles indicava hora e data de 48 depósitos de R$ 2.000 entre junho e julho de 2017 na conta de Flávio.
Foi esses relatórios detalhado do antigo Coaf que motivou a liminar de Dias Toffoli que paralisou a investigação.
No mês passado, Fabrício Queiroz que aparece em investigação sobre as milícia do Rio. Foi flagrado em um áudio revelado pelo jornal O Globo, que mostra o ex-assessor de Flavio Bolsonaro tratando sobre cargos no Congresso.
"Tem mais de 500 cargos lá, cara, na Câmara, no Senado... Pode indicar para qualquer comissão, alguma coisa, sem vincular a eles [família Bolsonaro] em nada. Vinte continho pra gente caía bem, pra c..., caía bem pra c... Não precisa vincular a um nome", diz Queiroz, no áudio pelo WhastApp junho deste ano.