Desdenho pelas mortes na pandemia, negociar com corruptos, desafiar a democracia, os ingredientes que leva Bolsonaro do céu ao inferno em menos de 2 anos.
Presidente Jair Bolsonaro, afronta decretos Distrital sobre isolamento social, e provoca aglomeração após saída para comer cachorro-quente em Brasília. |
O sábado (23) de Jair Bolsonaro foi um dia diferenciado em comparação as últimas ‘saidinhas’ propositais do presidente, só para afrontar as leis do país na devastadora pandemia do novo coronavírus. Ontem a reação de populares, teve revés, antes, imaginário, que surpreendeu até o presidente da republica, acostumado ouvir gritos de ‘Mito’, passou a ser chamado de ‘assassino’ e ‘fascista’, com ritmos dos panelaços que vinham do alto dos prédios da capital do País.
Bolsonaro encrencado com a investigação da interferência na Polícia Federal, que a cada dia aparecem provas do seu crime. Voltou a provocar aglomeração de pessoas em duas situações em Brasília. Em uma das paradas, foi comer um cachorro-quente na rua e logo foi cercado por um grupo de curiosos e apoiadores. Isso, em meio à tragédia brasileira de mortos pela Covid-19, que já faz 22.013 vítimas, com 965 novos óbitos em apenas 24hs, quebrando a sequencia de 1.000 por dia.
O desprezo do presidente Bolsonaro, para com as vidas de brasileiros já é conhecida, e ficou ainda mais evidenciada na divulgação de vídeo liberado pelo STF, de uma reunião ministerial em abril, que teve de tudo, de insultos a palavrões, recheados de ataques a adversários políticos, e o mais comum no governo, a defesa de interesses particulares. O que realmente deveria ter sido discutido e sequer foi citada, a pandemia e as vítimas diárias do vírus que continua avançar no País.
Depois do “E daí” e não sou “coveiro”, frases de Bolsonaro para desdenhar a ascensão de mortos no Brasil pela pandemia, despertou o sentimento dos brasileiros de repúdio as falas inapropriadas do presidente. As consequências? Perda de popularidades acentuada nas pesquisas que apontam a rejeição ascendente pessoal e de seu próprio governo, que hoje, é obrigado a barganhar com líderes partidários condenados e acusados por corrupção no Mensalão do PT e na Lava Jato, que compõem o cartel de legendas conhecida como ‘Centrão’.
As sequencias de erros na pandemia, fraquejou o governo, assim como a figura do presidente que tem como peculiaridade a arrogância como forma de governabilidades, impondo seus desejos e alimentados seus fanáticos seguidores, com ideias antidemocráticas. Seguidores, que minguam a cada manifestação de apoio a Bolsonaro, a tal ponto de clamar pelo “mito”, e suas vozes sendo superadas com gritos de “fascista” e “assassino”, além de panelaço nos prédios vizinhos.
Ao decidir desafiar os demais poderes da republica, Bolsonaro construiu um paredão de inimigo, antes, imaginário, hoje, real, por conta dos seus arroubos autoritários. Cercado, e sem muita saída para crise que ele mesmo criou, só resta, abraçar figuras indesejável da política brasileira, que há anos são abastecidos de recursos públicos por governantes no jogo do toma, lá, dá cá.
Assim é Jair Messias Bolsonaro, o presidente da republica do Brasil que viveu no céu de brigadeiros ao chegar ao poder há menos de 2 anos, e hoje, tem que compactuar com corruptos para sobreviver na cadeira presidencial.