Itapetinga vive uma falsa sensação que o pior da pandemia passou

Itapetinga vive uma falsa sensação que o pior da pandemia passou

Fim de semanas nos bares, churrasco em casa com amigos, igrejas quase cheias. A Itapetinga na pandemia após decretos municipal desastrosos.

Itapetinga vive uma falsa sensação que o pior da pandemia passou
Praça Augusto de Carvalho, no centro comercial de Itapetinga na Bahia

Os números de infectados pelo Covid-19 no município de Itapetinga, cidade do sudoeste baiano, vem se mantendo estável nos últimos dias diante do avanço do novo coronavirus em várias cidades do interior da Bahia, que obrigou o Governador Rui Costa (PT) a decretar toque de recolher em algumas cidades.

Em Itapetinga, o clima suavizado pelos números de infectados divulgados pela Secretária de Saúde do município, alimenta uma falsa sensação que o pior da pandemia viral passou. Com isso, os cidadãos desacreditam na possibilidade de serem infectados pelo novo coronavírus e relaxam com as  medidas preventivas e restritivas de distanciamento a isolamento social.

Reflexo desta imprudência começa por algumas lojas comerciais e termina com fim de semana movimentado nos bares e restaurantes do município. Tudo por conta da péssima fiscalização das autoridades sanitária do município que vem fechando os olhos para gravidade do problema que só terá consequência de três a 4 semanas após as farras e a negligência de alguns comerciantes.

Há um mês, o prefeito de Itapetinga, Rodrigo Hagge (MDB) permitiu a abertura do comércio após pressão dos empresários, sobre promessa que a Prefeitura do município adotaria medidas restritivas na reabertura comercial e fiscalizaria se os comerciantes estariam cumprindo as medidas exigidas pelo Decreto Municipal.

Trinta (30) dias se passaram, a tal fiscalização prometida virou motivo de piada no município, principalmente com anuncio de barreiras sanitárias que mais parecia um queijo suíço. Até então as barreiras só funcionava em horário comercial. Da noite adentro registrava um fluxo de carros bem acima da normalidade habitual antes da pandemia. Motoristas aproveitavam a madrugada para entrarem no município, já que às barreiras sanitárias das cidades vizinhas mantém 24 horas de vigilância interrupta. Após série de criticas internas, essa semana, o prefeito de Itapetinga decidiu por barreiras fiscalizatórias de 24hs.

A ineficiência nas barreiras sanitárias refletiu também nas atividades comerciais do município, com farras de fim de semana de dá inveja a qualquer cidade festeira. Com bares cheios ao bom som da voz/violão em determinado ponto da cidade.

A pandemia que já fez 2 vítimas fatais em Itapetinga e registra 9 casos confirmando pelo Covid-19, não intimidaram comerciantes principalmente de bares. Isso por conta do decreto municipal, que em reportagem do IDenuncias taxou o decreto do prefeito Hagge de “irresponsável” que permitiu o ‘liberou geral’ do funcionando de diversas atividades comerciais como academias e salão de beleza e barbearias, igrejas, clinicas estéticas entre outras. Isso, há um mês.

Com coronavírus fazendo vítimas na maioria das cidades da Bahia, o prefeito Rodrigo Hagge resolver reaver o “irresponsável” decreto municipal do “liberou geral” e criou uma nova série exigência restritivas, conforme novo decreto [veja aqui], mas manteve os serviços não essências como academias, bares, restaurantes, salão de beleza, barbearias e igrejas em pleno funcionamento. Entre essas atividades, hoje, é palco de embates entre o presidente Jair Bolsonaro, governadores e prefeitos, com novo decreto presidencial. Especialistas apontam que essas atividades, representam risco de contágio, já que é inevitável o contato entre pessoas.

Já faz algum tempo que o IDenuncias, vem alertado para os impactos de um eventual aumento do contágio do novo coronavírus no município. Em uma cidade que não há estrutura na saúde publica para abrigar aumento de pessoas infectadas e tão pouco respiradores suficientes. Autoridades municipais vão a imprensa esbanjar otimismo ao cidadão que estão preparados para a batalha contra o vírus. Se o país não está, imagine uma cidade de mais de 70 mil habitantes que não suporta mais que 25 infectados em estado grave na rede pública de saúde.

Com surgimento dos primeiros casos de covid-19, os cidadãos de Itapetinga acreditavam que Rodrigo Hagge, estava fazem um bom trabalho no combate à pandemia no município. Com o passar dos dias a realidade reflete um prefeito opaco e perdido em ações desastrosas, que usa as redes sociais como palco para seus ‘lives’ que mais agrada seus bajuladores que exatamente seus munícipes, para anunciar suas medidas restritivas, como se todos os moradores tivesse em suas casas acesso a internet em momento de crise financeira provocada pela pandemia.