Ao agradar empresários com Decretos Municipais o prefeito de Itapetinga vê a disparada de novo casos de Covid-19 alcanças números preocupantes.
A população de Itapetinga amanheceu anestesiada com a notícia da disparada de novos casos pelo novo coronavírus, que ultrapassou a barreira dos 50 infectados e 6 óbitos no sábado (13). Em 24hs, foram registrados 15 novos casos da Covid-19, de 37 para 52.
No inicio da semana, quando Itapetinga contava seus mortos, os dados vinha se mantendo estável sobre novos casos, hoje, a cidade calcula seus infectados pelo Covid-19, com estarrecedores números na pandemia, apontam para uma curva ascendente assustadora, como 52 casos confirmados; suspeitos 24; 6 óbitos e 226 pessoas monitoras. Segundo dados divulgados pela Secretária de Municipal de Saúde.
Com uma população de mais 70 mil, os números do contágio em Itapetinga são assustadores em comparação a terceira maior cidade da Bahia, Vitoria da Conquista com mais de 300 mil habitantes. Por lá, os números de pessoas infectadas, através de testes feitos em laboratórios, considerados confiáveis e de 177, testes rápidos 186, esse tipo de teste tem probabilidade de erro de até 70%, já os números de óbitos 5.
A comparação entre as duas cidades vizinha, governada por emedebistas, tem trajetória diferenciada no enfrentamento ao novo coronavírus . Em Vitória da Conquista, o prefeito Herzem Gusmão (MDB), retardou o quanto foi possível à reabertura gradual do comércio, mesmo a contragosto. Já em Itapetinga, o prefeito Rodrigo Hagge (MDB), decretou a reabertura de todas as atividades comerciais desde março. Por aí, deu para entender, o tamanho do problema que o prefeito Hagge, nos meteu, ao tomar caminhos erráticos no combate ao Covid-19.
Ao lançar prematuramente milhares de pessoas às ruas, sobre o pretexto que os casos de contágio não era comunitário, mas importados de outras cidades. Rodrigo Hagge usou a retorica bolsonarista de priorizar o trabalho que as vidas humanas, sobre argumento que os números estavam sobre controle e nesse caso, não sobrecarregaria o sistema de saúde do município. Era a deixa, que o prefeito precisava para a volta do comércio de porta abertas na pandemia.
Para atestar que essa seria a melhor decisão na reabertura do comércio em plena pandemia. Hagge utilizou as redes sociais como campo de propaganda, para enaltecendo a sua iniciativa da volta as atividades comerciais com medidas restritivas. O plano do prefeito aparentemente deu certo, teve repercussão em varias cidades do país, como exemplo de reabertura com responsabilidade. Utilizando o vácuo da repercussão positiva, o prefeito aproveitou para anunciar uma suposta parceria com Hospital Cristo Redentor, abertura de uma ala exclusiva para infectados da Covid-19, com monitores e 10 respiradores.
Mas bastou o episódio de uma paciente sendo recusa na porta do Hospital Cristo Redentor, sobre suspeita de Covid-19, para revelar que tudo não passou de propaganda enganosa. O Diretor da Santa Casa esclareceu os motivos da recusa, ao afirmar que o Hospital não tem alas para pessoas infectadas e muito menos respiradores para paciente em caso da evolução da doença.
Não foram poucos os alertas em publicações do IDenuncias, sobre os perigos do fim da quarentena em Itapetinga, sem um plano gradual de reabertura do comércio que fosse capaz de trazer segurança para os cidadãos trabalhadores, clientes e empresários.
O ‘liberou geral’ das atividades comerciais no município de forma abrutada, levou aglomerações de pessoas nos quatro cantos da cidade. Os maus exemplos vieram de donos de bares, que sem fiscalização faziam o que bem entender; igrejas acima da cota permitida; barreiras sanitárias que não funcionam e comerciantes que não cumprem as medidas restritivas. Com tudo funcionado normal, a população relaxou a tal ponto de criar uma falsa sensação que o pior da pandemia havia passado.
A série de erros do prefeito Rodrigo Hagge, na pandemia agradou mais a classe empresarial, que exatamente a população, que agora paga o preço, no pico do contágio do novo coronavírus. Com números que não param de crescer, o prefeito timidamente dosa outro decreto de apenas 4 dias, isso, iniciado ontem (13) a tarde [sábado] até a terça-feira (16). Esclarecendo! O sábado e domingo naturalmente são dias de pouca circulação de pessoas nas ruas da cidade. No real o comércio local sofrerá com apenas 2 dias de portas fechadas. Se a ideia é o isolamento social para achatar a curva, a inclusão de sábado e domingo no Decreto foi patético.
Com a curva do contágio ascendente ameaçando vidas, espera se do gestor municipal, Rodrigo Hagge coerência e responsabilidade para com a população em um decreto, que possa ampliar os dias de isolamento social com medidas restritivas ainda mais rígidas, ou caso contrário, o gesto de omissão se transformará em um genocídio.