FM Cidade e Jornal renova direção para faturar, mas o único caixa com dinheiro é a Prefeitura

FM Cidade e Jornal renova direção para faturar, mas o único caixa com dinheiro é a Prefeitura

De olho na eleição, emissoras de rádio renova contratos com radialistas. Na crise, só resta o dinheiro público para bancar programas. 


FM Cidade e Jornal renova direção para faturar, mas o único caixa com dinheiro é a Prefeitura
FM Cidade e Rádio Jornal tentam enfrentar a crise da Covid-19 renovando contratos com radialistas locatários de programas.


Nesta semana os ouvintes das emissoras de rádio FM Cidade e Jornal foram pegos de surpresa quando sintonizaram nessas emissoras e perceberam que seus radialistas favoritos não estavam no comandando seus programas matinais. A ausência desses radialistas era sinal, que as emissoras estavam sobre nova direção. 

Uma má noticia para os radialistas, que terão que renovarem seus contratos se quiser permanecer nas grades de programações dessas rádios. O problema é a renovação onde as emissoras expõem seus valores que geralmente é acima que o locutor interessado possa pagar, já que boa parte da programação das emissoras é terceirizada.

No inicio de 2000, a maioria das emissoras de rádio do país enfrentaram uma crise sem precedente, com tributos federais, estaduais e municipais atrasado, além dos próprios funcionários dessas emissoras que penavam para receberem seus salários. Com a crise, o único caminho a trilhar foi a terceirização de sua grade de programação, e seria destinado para o próprio radialistas dessas rádios que estavam desempregados e com indenizações a receber. Na terceirização a direção ofertava o espaço por hora e os locutores se viravam na busca de patrocinadores para horarem seus contratos com as emissoras.

Mas o problema atual é a crise do novo corovaírus, que impôs aos radialistas um futuro incerto sobre o retorno a essas emissoras de rádio. Com comércio enfraquecido e muitos fechando as portas por consequência da pandemia viral para patrocinarem suas programações, só restou o dinheiro público para viabilizar o retorno aos microfones.

Se é dinheiro público? Só a um caixa em Itapetinga com grana suficiente para bancar o retorno de locutores as essas emissoras, a Prefeitura Municipal, mas não é para todos os locutores, esses profissionais terão que ter perfis de bajulador governista se deseja a volta ao rádio. Com isso, o atual gestor municipal Rodrigo Hagge (MDB), larga na frente na campanha a reeleição.

Azar mesmo é dos locutores de oposição a Hagge, esses terão que penar para correrem atrás de patrocínios do comércio e de políticos para ajudarem a retomada de suas programações. Patrocínio político que não tem muita garantia após o fim da eleição.

Essa é a nova realidade de emissoras e de radialistas em Itapetinga na pandemia, onde ambos desejam faturar. As rádios querer mais dinheiro, locutores não tem, se esse profissionais forem amigos do prefeito, esse, pode bancar a fatura, quem sabe até com os emergenciais disfarçados de campanha da Covis-19.