Itapetinga pode ter ultrapassado 50 mortes por covid-19, após prefeito barrar atualização de dados da pandemia no município em inicio de campanha.
Para não tirar o brilho inicial da campanha eleitoral prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge desafia a lei e impedir divulgação de dados da pandemia. |
Desde última quinta-feira (24) o site oficial da Prefeitura Municipal de Itapetinga, parou de atualizar os dados da pandemia no município, indicando que a cidade ultrapassou as 50 mortes pelo novo coronavírus.
A suspeitas recai sobre o prefeito Rodrigo Hagge (MDB), que tenta a todo custo reduzir o impacto das mortes sobre sua campanha eleitoral, que tem inicio neste domingo (27).
A tática de encobrir os números alarmantes da pandemia em Itapetinga vem sendo usada algum tempo, e conta com a conivência de vereadores e partidos políticos além de instituições não governamentais. O esquema obscuro é orquestra por grupo de apoiadores do prefeito chamados de os “Guardiões de Hagge”, que manobra na imprensa local a moderação na divulgação dos dados da pandemia no município.
A não divulgação de estatísticas da Covid-19 e a sonegação de informações sobre os dados da doença em Itapetinga podem configurar ato de improbidade administrativa e até a prática de crime de responsabilidade pelo prefeito Rodrigo Hagge.
Há três dias sem dados da Covid, a decisão do prefeito de Itapetinga de frear a divulgação para não ser atingido pelas mortes, têm potencial para violar os princípios constitucionais da impessoalidade, da publicidade e da eficiência.
A transgressão ao artigo 5º da Constituição, que prevê as garantias individuais dos cidadãos e estabelece que “todos têm direito de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo geral”. Rodrigo Hagge pode responder por violar a Lei de Acesso à Informação e ser enquadrado na Lei de Improbidade Administrativa.
Enquanto o prefeito de Itapetinga vem evitando que as mortes atinjam sua campanha, partidos opositores assistem os crimes de responsabilidade de Hagge sem a mínima reação. Assim como os candidatos a prefeito de oposição que se calam e fazem da prática mórbida do emedebista, pouco caso, com os cidadãos mortos, afinal, mortos não votam, e além de tudo em sua maioria são pobres. É um absurdo!