Estudo apontou o avanço da Covid-19 em municípios onde Bolsonaro venceu, superando cidades onde o presidente foi derrotado.
Encontro do prefeito Rodrigo Hagge (MDB), com presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na inauguração da reforma do aeroporto de Vitoria da Conquista. |
Um estudo da UFRJ realizado em parceria como IRD identifica que cidades onde Jair Bolsonaro venceu na eleição 2018 a propagação da pandemia do coronavírus ficaram acima de municípios onde o presidente perdeu.
O levantamento, publicado pela UOL, cruzou os dados de expansão da doença com o resultado na votação em primeiro turno nas eleições presidenciais nos 5.570 municípios. Conclusão: há uma correlação entre a preferência pelo presidente Jair Bolsonaro e a expansão da Covid-19.
Segundo a pesquisa, para cada 10 pontos percentuais a mais de votos para Bolsonaro há um acréscimo de 11% no número de casos e de 12% no número de mortos.
“O estudo mostrou que a Covid-19 causa mais estragos nos municípios mais favoráveis ao presidente Bolsonaro”, destaca o texto da pesquisa.
“Podemos pensar que o discurso ambíguo do presidente induz seus partidários a adotarem com mais frequência comportamentos de risco (menos respeito às instruções de confinamento e uso da máscara) e a sofrer as consequências.”
De acordo com os pesquisadores, esse foi o efeito que mais chamou a atenção, pois, em princípio, não haveria razão para explicar o motivo de cidades que votaram mais em Bolsonaro terem proporcionalmente mais mortes do que nos outros locais estudados.
“A argumentação que usamos no nosso artigo é que provavelmente trata-se de um efeito da própria postura do presidente, que minimizou o uso de máscara e a doença, chamando-a de gripezinha”, disse o professor João Luiz Maurity Sabóia, outro pesquisador envolvido no estudo.
A influência de Bolsonaro sobre o comportamento de seus eleitores, apurada neste estudo em particular, vai ao encontro do resultado obtido por outras instituições.
É o caso de um trabalho feito por pesquisadores da UFABC (Universidade Federal do ABC), da Fundação Getúlio Vargas e da USP (Universidade de São Paulo).
Esse estudo concluiu que em praticamente todas as ocasiões em que o presidente minimizou a pandemia, a taxa de isolamento social no Brasil diminuiu e mais pessoas se contaminaram e morreram, proporcionalmente, nos municípios em que Bolsonaro obteve uma melhor votação na eleição de 2018.
È o caso de Itapetinga onde o presidente venceu, parte do município adotou e continua a adotar uma postura contraria as medidas de distanciamento e isolamento. Por consequência o município já registrou até o momento, segundo dados publicados até o dia 12/10/2020, 2105 casos da doença com 53 mortes. O município volta cometer crime com a não atualização dados da covid.
A resistência, as medidas restritivas esta ligada diretamente a postura do atual prefeito Rodrigo Hagge (MDB), que no inicio do mês de maio no pico da pandemia, adotou estratégia de abandono das medidas restritiva. O resultado é pessoas circulando sem mascaras em meio a casos crescente no município de casos da Covid.
O prefeito Hagge, foi um dos pouco na Bahia apoiar a eleição de Jair Bolsonaro. O presidente venceu em apenas quatro dos 417 municípios do estado da Bahia, no segundo turno. E Itapetinga está entre estes 4 município bolsonarista.
A quantidade de cidades que tiveram Bolsonaro como primeiro colocado na Bahia caiu em relação ao primeiro turno no primeiro, ele ganhou em seis municípios: Luís Eduardo Magalhães, Buerarema, Itabuna, Eunápolis, Teixeira de Freitas e Itapetinga.