Fim do emergencial e queda na arrecadação obrigará Hagge a conter o toma lá, dá, cá com vereadores

Fim do emergencial e queda na arrecadação obrigará Hagge a conter o toma lá, dá, cá com vereadores

Com previsão de queda na arrecadação prefeito de Itapetinga será obrigado a frear a ânsia dos vereadores por emprego em troca de apoio na Câmara. 


Fim do emergencial e queda na arrecadação obrigará Hagge a conter o toma lá, dá, cá com vereadores
Sem os milhões do auxílio emergencial no comércio local, administração enfrentará grande dificuldades de gestão impedindo o "toma-la, dá, cá" básico com a banca de vereadores aliados ao Prefeito Rodrigo Hagge (MDB).  


A expressão “poço sem fundo” é muito utilizado na política de Itapetinga por membros do Executivo Municipal [Prefeitura], geralmente se refere a vereadores da base aliada. Esses Parlamentares torna-se uma maquina giratória de pedidos de empregos para seus correligionários, e quando sobra tempo para população, um discreto pedido de pavimentação de ruas ou quem sabem mais “quebra-molas” nas ruas da cidade para testar a paciência dos motoristas do município.

Se para eleger um presidente da Câmara de Itapetinga da escolha do prefeito já é custoso, imagine, saciar a fome de 11 vereadores por pedidos de emprego na prefeitura, além de “Otras Cositas Más”. Deu para entender? Acho que sim!

Assim como o Centrão é para Jair Bolsonaro, a base aliada de vereadores eleitos de Rodrigo Hagge (MDB) já é considerada o novo “Centrão de Itapetinga”, que no próximo ano [2021] deve atazanar o prefeito com pedidos em troca de apoio na Câmara de Itapetinga. E o prefeito Hagge terá que ter muito jogo de cintura se não quiser que seu governo municipal se transforme em tapa de caixão com direito a pregos doados pelos próprios vereadores alinhados a sua administração.

O ano 2021 reserva para os itapetinguenses, tempo difíceis com o fim do auxílio emergencial que já é motivo de preocupação para milhares de famílias. Desde o início do programa, a ajuda financeira disponibilizada pelo Governo Federal contemplou milhões de brasileiros. Pessoas que durante a pandemia tiveram a renda comprometida ou mesmo perderam emprego. A etapa final do pagamento começou no domingo (13) e última parcela do auxílio será depositada no dia 29 de dezembro deste ano.

Em Itapetinga o cenário é desesperador para centenas de famílias, que não sabe o que fazer, ou nem mesmo o que comer após o fim do auxílio. O sentimento é de incerteza para as famílias que tiveram o reforço do emergencial. Muitos inclusive sobreviveram unicamente desse abono desde o início da pandemia.

Os efeitos do fim do emergencial não é só motivo de preocupação dos beneficiários do programa, mas também dos comerciantes de Itapetinga que pode sentir os efeitos devastadores da perda de renda dos cidadãos. 

Em Janeiro 2021, empresários já falam em demissões, o que pode elevar ainda mais os preocupantes índices de desempregos no município. O número de beneficiário do auxílio emergencial em Itapetinga é de 22.643, o que representa 33,17% dos cidadãos, segundo dados do portal de transparência do Governo federal. Desde inicio do auxilio, o governo federal já disponibilizou para Itapetinga R$ 67.202.400,00. Isso, sem totalizar as últimas parcelas que a serem depositas até o fim do mês de dezembro 2020.

Ai, começa os reais problemas para o prefeito Rodrigo Hagge, que sem os milhões de reais do auxilio emergencial, a perda de arrecadação de impostos municipais é dada como certa, e para fazer a maquina pública continuar a girar, terá que impor a sua administração cortes e ajuste em setores essenciais e principalmente na folha de pagamento, hoje, o ponto de equilíbrio entre rejeitar ou aprovar as contas de Hagge no TCM.

Falar em contenção de contração de pessoal em 2021 pela Prefeitura de Itapetinga, é sinal que o prefeito Hagge, terá grande problema pela frente com sua bancada de vereadores. Os eleitos a vaga na Câmara de Itapetinga, esbanjaram promessas de emprego nessa eleição a seus eleitores e cobrará essa fatura em troca do apoio no Parlamento Municipal.

Não há dúvida que o prefeito Hagge estará entre a espada e a cruz no inicio de sua 2ª gestão, só para manter maioria na Câmara de Vereadores. Sua base aliada, não deve recuar em pedidos, por sinal deve intensificar, já que prometeram para se elegerem. A oposição aposta na perda de 3 vereadores da base de Hagge na Câmara, isso, no primeiro ano de legislatura, tudo por conta do “toma lá, dá, cá” que deve ser mal costurado pelo prefeito.