Investigação contra Hagge deixa corrida pela presidência da Câmara em aberto

Investigação contra Hagge deixa corrida pela presidência da Câmara em aberto

Contas rejeitas e pedido de investigação no MPF, são empecilhos para Prefeito Hagge barganhar cargos na Prefeitura em tronca do comando da Câmara.   


Investigação contra Hagge deixa corrida pela presidência da Câmara em aberto
Com poder de barganha limitado pela rejeição de contas, prefeito Rodrigo Hagge (MDB), se mantem distante da corrida pela presidência da Câmara de Itapetinga. 


A vitória na reeleição de quase 24 mil votos no pleito municipal deveria aclamar a gestão Rodrigo Hagge (MDB), ou no mínimo, toar pelos quatro cantos da cidade que Itapetinga tem nova liderança política. Mas, não foi exatamente isso que aconteceu, se não fosse um simples detalhe, na eleição deste ano, havia o pior das candidaturas opositora contra o atual prefeito. Fato, que tirou o brilho da vitória por conta da eleição fácil.

E o reflexo dessa fácil vitória veio logo a seguir. Após a consagração dos vereadores eleitos nas urnas, um climão de corrida a presidência da Câmara de Itapetinga tomou conta dos bastidores da política em rito frenético, a tal ponto de levar um racha dentro do partido do prefeito Hagge, o MDB, que conquistou 5 cadeiras no Parlamento. Para conter o entusiasmo da turma o prefeito entrou em campo, pediu calma, e deixou o recado, “isso deixa comigo”.

O “deixa comigo” do prefeito Hagge, significava que ele indicaria quem seria o novo presidente da Câmara. Mas, só que o prefeito empolgado pela vitória não contava com mais uma rejeição de contas públicas. E essa, teve uma peculiaridade diferenciada a rejeitadas de 2018. O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), apontou graves irregularidades a ponto do conselheiro Fernando Vita, determinar a formulação de representação ao Ministério Público Federal para que seja apurada a prática de ato de improbidade administrativa contra Hagge.

O azeitar vindo do TCM derrubou a empolgação de Hagge pela presidência da Câmara, já que o prefeito deveria assumir compromissos de emprego na Prefeitura em tronca de voto ao candidato de sua preferencia. As duas últimas contas rejeitadas constavam a existência de “cabide de emprego” na Prefeitura de Itapetinga, motivos que levaram o TCM a rejeitar as contas do prefeito.

Agora, limitado na barganha, Hagge praticamente abandona a corrida pela presidência da Câmara e deixa os vereadores eleitos interessados no cargo de comando do Legislativo Municipal a própria sorte. Se os emedebistas, João de Deus, Luciano Almeida e Manu Brandão dependia exclusivamente do prefeito Hagge para senta na cadeira de presidente, ambos continuaram em compasso de espera. Enquanto isso, uma ala mista composta por vereadores governistas e opositores correm por fora, e começa ganhar fôlego diante o congelar do prefeito Hagge, petrificado pela rejeição de suas contas públicas.