Para frear Maia, aliados do governo defenderam ACM Neto como ministro de Bolsonaro. Ex-prefeito antecipa, "o foco é o governo da Bahia".
Na imagem: Prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) e Presidente da Republica Jair Bolsonaro (sem partido). |
A disputa pelo comando da Câmara dos Deputados racha o Congresso Nacional ao meio entre as alas alinhadas a Bolsonaro e outra a Rodrigo Maia (DEM), que nesta semana apresentou o nome de consenso Baleia Rossi (MDB), que deve enfrentar o candidato do Palácio do Planalto, Athur Lira (PP).
O palaciano do Centrão, Lira, começou a patinar na disputa interna na medida em que Rodrigo Maia equilibra o jogo. Agora, com a síndrome da ‘derrota bolsonarista’ que contagiou as eleições municipais, pairando sobre a cabeça do líder do Centrão, os integrantes do governo Bolsonaro vem defendendo o nome do presidente do DEM, ACM Neto (DEM), para ocupar um ministério na Esplanada.
A iniciativa da ala governista teria como objetivo enfraquecer Rodrigo Maia dentro do DEM, já que ambos são do mesmo partido. Maia formou um bloco com 11 legendas para disputar a presidência da Câmara.
Os defensores de ACM Neto no governo argumentaram com Bolsonaro que a entrada do prefeito de Salvador tornaria a relação entre o Palácio do Planalto e o DEM mais fluida. Hoje, segundo auxiliares do presidente, Maia é o empecilho para a aproximação com sigla.
ACM Neto, no entanto, deu o recado que seu foco é o governo da Bahia. Segundo interlocutores do Palácio, na reunião que teve com Bolsonaro na semana passada, o prefeito reforçou que seu projeto continua a ser a Bahia. ACM Neto manteve as “portas abertas” com o presidente.
Vitoria e favoritismo em 2022
A série de vitória de aliados de ACM Neto nas eleições municipais na Bahia abriu um leque de oportunidades para o prefeito lançar sua candidatura ao governo do Estado com amplo favoritismo. Neto, foi beneficiado com vitória de aliados em cidades populacionais.
Com maioria das cidades grandes e média sobre a influência do novo Carlismo. O PT baiano reagiu e já indicou o provável concorrente do ex-prefeito na disputa pelo Estado, que seria o ex-governador, hoje, senador Jaques Wagner (PT). (Com Bela Megale/colunista O Globo)