Depois da vitória de Doria, agora é hora de Bolsonaro pedir desculpas a China por mais vacinas

Depois da vitória de Doria, agora é hora de Bolsonaro pedir desculpas a China por mais vacinas

China cria barreiras para liberar insumos para fabricação da CoronaVac no Brasil, após seguidos ataques de Bolsonaro e seus filhos. 


Depois da vitória de Doria, agora é hora de Bolsonaro pedir desculpas a China por mais vacinas
Graças a João Doria o Brasil  deu inicio a vacinação contra Covid-19, em meio a seguidas sabotagens do presidente Jair Bolsonaro.


O presidente Jair Bolsonaro em sua insignificância ideológica motivou alguns brasileiros a desdenhar da pandemia, que até o momento já matou mais 210 mil pessoas no país. Bolsonaro negou a crise sanitária e ajudou a propagar ataques contra os chineses, assim como a vacina CoronaVac produzida em parceria com Instituto Butantan paulistano e o laboratório Sinovac da China.      

Os ataques de Bolsonaro e de seus seguidores, assim como os dos filhos nas redes sociais a vacina chinesa era quase diário.  O presidente atacou a Coronavac por meses, depois de desautorizar Pazuello e cancelar a compra de 46 milhões de doses já anunciadas aos governadores: “Vacina chinesa do Doria? Não vou comprar”; “Já mandei cancelar. O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade”. E quando um voluntário se suicidou, o presidente acusou a Coronavac de “morte, invalidez e anomalia” e comemorou: “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”. Agora Bolsonaro diz que a vacina não é mais do Doria, é do Brasil.

Mas a sonhada vitória de Bolsonaro virou derrota fragorosa, e justamente para o provável concorrente em 2022, o governador de São Paulo João Doria (PSDB), que deu o pontapé inicial na vacinação contra a Covid-19 no país. 

Doria acreditou no potencial da CoronaVac e investiu pesado na vacina, aponto do Ministro Pazuello da Saúde dizer mentiras, que o governo Bolsonaro foi quem custeou os gastos com pesquisas e produção da vacina. Se dependesse do presidente maluco e do puxa-saco do general-ministro da Saúde, não haveria vacina nenhuma e estaríamos todos chorando os mortos que foram tratados com cloroquina e ivermectina medicamento ineficaz no tratamento contra a doença e desautorizado até pela própria Anvisa.

Depois da farra das primeiras doses da vacina CoronaVac, e poses para fotos, agora vem o pesadelo. Para fabricar as vacinas aqui no Brasil, tanto o Instituto Butantan, quanto a Fiocruz precisam de ingrediente, e ela da China. Um país que o presidente Bolsonaro, filhos dele e ministros atacaram de várias formas desde o início da pandemia.

O principal ingrediente farmacêutico ativo, conhecido como IFA é a matéria-prima para a fabricação das vacinas. E um dos maiores fabricantes de IFA no mundo é a China. É de lá que virão os insumos para que a Fiocruz e o Butantan possam fabricar por aqui, a vacina de Oxford/AstraZeneca e a da CoronaVac.

Pelos acordos assinados, tanto o Butantan quanto a Fiocruz recebem doses prontas no primeiro momento. Depois, chega o IFA para começar a produção no Brasil, estágio já alcançado pelo instituto paulista. E, por fim, a transferência de tecnologia para fabricação nacional do insumo. Só assim, o Brasil terá autonomia na produção das vacinas.

E pelo que se viu no domingo (17), quando o incompetente ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a declarar que os chineses estariam colocando barreiras no atrasando a entrega da matéria-prima. Foi o bola fora do general bajulador, assim como as seguidas tentativa de sabotagem do presidente Bolsonaro contra a vacina e contra os chineses.

De tantos recados desaforados de Bolsonaro e de seus filhos a China, o presidente só terá uma saída se quiser imunizantes suficientes para população brasileira, ligar para o presidente chinês Xi Jinping e pedir desculpas pelos ataques.