Depois da vacina do Doria, vem aí a vacina do Rui em meio a paralisia de Bolsonaro na imunização

Depois da vacina do Doria, vem aí a vacina do Rui em meio a paralisia de Bolsonaro na imunização

Com a Sputnik V em envias de ser aprovada pela ANVISA, governador da Bahia, Rui Costa dá salto importante na vacinação em massa dos baianos.


Depois da vacina do Doria, vem aí a vacina do Rui em meio a paralisia de Bolsonaro na imunização
Governador Rui Costa (PT) dá importante passo para imunização em massa dos baianos, com a vacina russa Sputnik V.


Parece que o presidente Jair Bolsonaro não aprendeu a lição, após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) dá o pontapé inicial na imunização dos brasileiros com vacina chinesa CoronaVac. 

Agora, para completar a inércia do governo federal na vacinação contra a Covid-19, o governador petista da Bahia, Rui Costa (PT), dá olé em Bolsonaro ao investir na vacina russa Sputnik V, desenvolvida pelo instituto russo de pesquisa Gamaleya, que teve eficácia de 91,6% contra a doença, segundo resultados preliminares publicados nesta terça-feira (2) na revista científica "The Lancet", uma das mais respeitadas do mundo. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.

A vacina também funcionou em idosos: uma subanálise de 2 mil adultos com mais de 60 anos mostrou eficácia de 91,8% neste grupo. Ela também foi bem tolerada nessa faixa etária

Enquanto isso, o governo Bolsonaro patina nas negociações para compra da vacina AstraZeneca/Oxford, com previsão de 14 milhões de doses prevista para este mês de fevereiro, segundo Ministério da Saúde. O governo da Bahia que já havia assinado um contrato de prioridade para compra de 50 milhões de dose da Sputnik V, só aguada aprovação emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), para iniciar a vacinação em massa dos baianos.

As doses da vacina AstraZeneca/Oxford, só foi possível graças ao consórcio internacional Covax Facility, que informou ao Ministério da Saúde que o Brasil receberá estimativa de 10 a 14 milhões de doses, e não por mérito do governo federal que até o momento sofre de paralisia crónica na vacinação dos brasileiros.  

A Covax Facility é uma aliança global promovida no âmbito da Organização Mundial da Saúde (OMS), e coordenada pela Aliança Gavi, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento e a produção de imunizantes contra a Covid-19 e permitir o acesso justo e igualitário a tais produtos.

Em diversas oportunidades o presidente Jair Bolsonaro atacou a Organização Mundial da Saúde (OMS) ao tratar da pandemia de coronavírus. “A nossa OMS está deixando muito a desejar. Fala-se tanto em foco na ciência, o que menos tem de ciência é a OMS, parece que não acerta nada”, disse o presidente em sua transmissão semana por redes sociais no auge da pandemia em meados de junho/2020.

E para piorar o que já estava ruim, a Fiocruz afirmou ontem, 02, que atraso do IFA [insumos] vai alterar o cronograma de vacinação no Brasil. A fábrica do instituto é capaz de produzir até 1,4 milhão de vacinas por dia, e está em compasso de espera. No fim de janeiro, venceu o prazo para a chegada do primeiro lote do ingrediente farmacêutico ativo que renderia 7,5 milhões de vacinas da Oxford/AstraZeneca e ainda não há uma data confirmada de envio deste IFA da China para a Fiocruz. Especialistas antecipam: a demora na entrega dos insumos pelos chineses está por conta dos ataques de Bolsonaro e seus filhos ao país chinês. 

Agora, Bolsonaro e seu ministro-general de recados, Pazuello, vivem exclusivamente da boa vontade dos fármacos diante da demanda global pela vacina. Quem um dia atacou e desdenhou das vacinas contra a covid-19, ora, para alguma iniciativa do seu próprio governo na pandemia dê certo. Porque, até o momento, as vacinas do Doria e do Rui é a maior esperança dos brasileiros e principalmente dos baianos.