O presidente Bolsonaro deve começar a sentir os primeiros impactos negativos da CPI da Covid com depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Depoimento do ex-ministro da Saúde a CPI da Covid é na semana que vem. |
Não há dúvidas em Brasília que a CPI da Covid quer sangrar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por sua omissão na pandemia que já matou 400 mil brasileiros, já que se espera prorrogação da Comissão Parlamentar de Inquérito da pandemia até o fim do ano.
E o inicio da sangria de Bolsonaro já tem data marcada, após a cúpula da CPI da Covid definir um roteiro inicial de depoimentos para convocar, já na semana que vem, os ex-ministros da Saúde e o atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga. O ex-chefe da propaganda Bolsonaro, Fábio Wajngarten, que entrevista a revista Veja acusa Pazuello de incompetência na aquisição de vacinas, mas na segunda semana de maio.
O cronograma foi discutido em uma reunião na casa do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), na noite desta quarta-feira, 28, com a participação do vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e do relator, Renan Calheiros (MDB-AL). Os requerimentos serão apresentados para votação na sessão desta quinta-feira, 29, marcada para as 9 horas.
Os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich devem ser ouvidos na terça-feira, 4. Na quarta, 5, a CPI quer chamar Eduardo Pazuello, que ficou mais tempo à frente da Saúde durante a pandemia de covid-19 e é um dos principais alvos da investigação. Na quinta-feira, 6, os senadores pretendem coletar o depoimento do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.
Os primeiros depoimentos colocam o governo Bolsonaro no centro das investigações e representam uma derrota para o Palácio do Planalto. Além das convocações, o relator deve apresentar um plano de trabalho para ser aprovado. Nesse documento, Renan delimitará o escopo da CPI e vai sugerir uma série de pedidos de informações a órgãos federais e estaduais, além de indicar nomes de investigados e testemunhas, como os ex-ministros da Saúde. (com o Estado de S.Paulo).