Rejeição a vice-presidente Anderson da Nova e indicação do prefeito Hagge de vereador do PSD a presidente da Câmara, colocam vereadores aliados em guerra.
Prefeito Rodrigo Hagge (MDB), em posse na Câmara Municipal de Itapetinga. |
Um roteiro ao estilo conspiratório no coração da Câmara Municipal de Itapetinga, para derrubar o vice-presidente Anderson da Nova (DEM), sucessor natural na ausência do presidente titular, vem provocando uma guerra sem precedente entre vereadores da base aliada do prefeito Rodrigo Hagge (MDB), pela presidência do Legislativo Municipal, após a morte do ex-presidente Léo Matos (PSD).
O clima de disputa que promete esquentar nos próximos dias envolve a principal cadeira do Legislativo, a de presidente da Câmara, que incluiu uma gestão de mais de R$ 400 mil reais mês, repassados pela Prefeitura de Itapetinga.
A resistência à continuidade do vice-presidente Anderson da Nova e aliado do prefeito no comando da Câmara de Itapetinga é visível dentro do Parlamento, e vem provocando nos bastidores do Legislativo, desentendimentos entre vereadores da base aliada, logo após o prefeito de Itapetinga interferir no processo sucessório e indicar a continuidade do PSD, na presidência em um acordo de bastidores de 2 anos para PSD e dois para MDB.
Como o PSD, tem duas cadeiras na Câmara, a do 1º suplente que deve assumir a vaga deixada com a morte de Léo Matos, o ex-vereador Valquirio Lima (Valquirão) e o Pastor Evandro, ambos desejam o poder, porém só um assume. Ao indicar Valquirio Lima para presidir a Casa, o prefeito entrou na mira do vereador Evandro que não gostou da imposição de Hagge, ao apontar Vaquirão como sucessor de Léo Matos na presidência.
No meio da discórdia entre vereadores do PSD, o presidente interino Anderson da Nova, que se quer foi consultado para opinar sobre as jogadas do prefeito Rodrigo Hagge no Parlamento. O vice-presidente está sendo jogado de escanteio nas negociações futuras, e isso, provocou a fúria de Anderson e de seus parceiros de Mesa Diretora, que exige o protagonismo em uma nova eleição de presidente da Câmara.
Percebendo que virou carta fora do baralho, Anderson dá seus lances e joga como o Regimento Interno da Casa, que é omisso em relação sobre nova eleição em caso de morte do presidente titular. Além disso, a lei que rege atividade parlamentar dá entender que quem convoca nova eleição é o presidente em exercício que submete a proposta de novo pleito ao plenário da Casa.
Em caso de resistência do vice-presidente a tropa de choque do prefeito Hagge, pretende a todo custo encaminhar a proposta de nova eleição para o plenário, o problema é a lei que diz que quem pauta documentos para o plenário é o presidente, nesse caso Anderson da Nova.
Grupo mais alinhado ao prefeito Hagge, Já espera resistência de Anderson para marca nova eleição. O recado do vice-presidente, nesta semana, exigindo respeito por parte de seus colegas vereadores de base aliada, demonstrou que Anderson não está disposto a ceder facilmente.
Interlocutores muito próximos de Hagge no Parlamento levaram recado velado a Anderson da Nova, ou ele convoca nova eleição ou receberá represarias com demissão de seus correligionários na Prefeitura. A resposta do atual presidente: “faça o que bem entenderem, cumprirei a lei”.