Em meio à crise e com voto da oposição, Câmara aprova cobrança da Zona Azul em Itapetinga

Em meio à crise e com voto da oposição, Câmara aprova cobrança da Zona Azul em Itapetinga

Comerciantes temem em momento de crise que a Zona Azul aprovando na Câmara de Vereadores esvazie o centro comercial de Itapetinga.

Em meio à crise e com voto da oposição, Câmara aprova cobrança da Zona Azul em Itapetinga
Vereadores de oposição formam maioria para aprovar o projeto de cobrança de estacionamento em vias públicas "Zona Azul" em Itapetinga.

Na noite da quarta-feira (1), a Câmara Municipal aprovou por ampla maioria o projeto de lei do prefeito Rodrigo Hagge (MDB), que cria o sistema de estacionamento pago, chamado de “Zona Azul”, que deve taxar veículos de consumidores em toda extensão das ruas do centro comercial de Itapetinga.

O projeto “Zona Azul”, só foi possível a sua aprovação, graças ao apoio de dois vereadores de oposição: Tiquinho e Valdeir Chagas, ambos do mesmo partido, PDT. Como os vereadores do prefeito Hagge estavam desfalcados em plenário, sem os votos dos opositores dificilmente a Zona Azul teria sido aprovada. A “Zona Azul” foi aprovada em duas votações em sessão única. Os vereadores temiam sofrerem desgaste político com mais uma criação de tributos que será pago pelo consumidor se a votação estendesse por mais um dia de discursão em plenário. 

Em julho/2021, quando o projeto foi encaminhado para Legislativo havia na oportunidade pouca resistência por parte dos comerciantes e consumidores, que entendia que uso das vagas para estacionamento em via pública teria de ser mais equilibrada, pois, limitar o tempo de permanência evitaria abusos de motoristas que geralmente fazem das vagas no centro comercial área cativa. Como havia publicado o IDenuncias,  em reportagem sobre o tema: Câmara de Itapetinga deve votar o retorno da Zona Azul. Um mal necessário no Centro Comercial.

Câmara de Itapetinga deve votar o retorno da Zona Azul. Um mal necessário no Centro Comercial
Câmara de Itapetinga deve votar o retorno da Zona Azul. Um mal necessário no Centro Comercial. (VEJA AQUI)

Mas com aprofundamento da crise econômica e política, culminado com explosões de preços dos combustíveis, gás de cozinha e alimentos que derrubam o poder de compra das famílias do município, mais um tributo “Zona Azul”, não seria um bom negocio em tempos de pouco dinheiro nos bolsos dos consumidores.

O temor de parte dos comerciantes, é que a cobrança da “Zona Azul”, em tempos de crises sanitária e econômica, possa levar a senção de esvaziamento do centro comercial, por consequência a queda brusca nas vendagens. Para um desses comerciantes em reserva, houve omissão da CDL que deveria esta sensível ao momento ruim para o comércio da cidade onde os efeitos da crise já são sentidos nas vendas.

De olho na arrecada e não na crise econômica, prefeito e vereadores deram pouca importância para o atual momento e aprovaram um cheque em branco para gestor Hagge, já que no projeto de lei não estabelece preço ou referencia mínima ou máxima de cobrança por tempo de estacionamento, da forma que foi aprovado quem regulará os preços será o prefeito municipal que poderá agradar a empresa vencedora da licitação com frequentes reajustes na taxa de estacionamento.

A única voz de resistência ao projeto “Zona Azul” no plenário da Câmara de Itapetinga, veio da vereadora petista Sibele Nery, que entendeu que o momento de crise não era apropriado aprovação de mais um tributo a ser pago pela população. Os vereadores governistas: Pastor Evandro (PSD) e Eliomar/MDB (Tarugão) não estavam em plenário. Tarugão se encontra em Minas Gerais por decorrência da morte de seu pai a pouco menos de 15 dias. Evandro, segundo assessoria, não se encontrava no município.