Acusado de abandonar seus seguidores, Bolsonaro critica cassação de deputado bolsonarista

Acusado de abandonar seus seguidores, Bolsonaro critica cassação de deputado bolsonarista

O presidente Jair Bolsonaro interrompe trégua com TSE e critica cassação de deputado estadual bolsonarista Francischini, ao classificar de 'Violência.

Acusado de abandonar seus seguidores, Bolsonaro critica cassação de deputado bolsonarista
Na imagem: presidente da republica Jair Bolsonaro e o deputado estadual cassado Fernando Francischini (PSL).

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta sexta-feira (5) o Tribunal Superior Eleitoral. Em evento na cidade Ponta Grossa, no Paraná, Bolsonaro criticou a cassação do deputado estadual Fernando Francischini. O parlamentar perdeu o cargo por ter colocado em dúvida a segurança das urnas eletrônicas horas antes das eleições de 2018.

Durante o discurso, o presidente disse que agora confia nas urnas eletrônicas porque o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, convidou as Forças Armadas para acompanhar o processo.

“Há três anos não converso com o deputado Francischini. A cassação foi um estupro. Por ter feito uma live 12 minutos antes (da eleição) não influenciou em nada, ele era deputado federal. Foi uma violência” disse Bolsonaro.

TSE cassa deputado bolsonarista por fake news sobre urnas eletrônicas
TSE cassa deputado bolsonarista por fake news sobre urnas eletrônicas (VEJA AQUI)

Há poucos dias, o presidente foi acusado pelo presidente nacional do PTB Roberto Jefferson em carta a Bolsonaro que o presidente cercou-se de "viciados em êxtase com dinheiro público" e que ele e seu filho se "viciaram em dinheiro público. 

Não é o primeiro recado de abandono de Bolsonaro a seguidores. A ativista Sara Winter foia primeira a parar na prisão e nada fez os Bolsonaros, assim com Zé Trovão suposto caminhoneiro, que se entrou a Policia Federal por ter acabado o dinheiro no tour no México, restou o filé mignon do STF, o blogueiro Allan dos Santos que já tem a Interpol em seu encalço.

Francischini foi cassado na semana passada pelo TSE, na primeira condenação por fake news na Corte eleitoral. A decisão atendeu a pedido feito pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Então candidato a deputado estadual, Francischini foi investigado pro uso indevido dos meios de comunicação e por abuso de autoridade pela realização de uma live, durante o primeiro turno das eleições de 2018, na qual afirmou, sem provas que as urnas eletrônicas estavam fraudadas para impedir a eleição de Jair Bolsonaro á Presidência da República.

Após passar anos questionando a segurança das urnas eletrônicas, Bolsonaro afirmou nesta sexta que "o voto eletrônico vai ser confiável ano que vem" devido à participação de militares no processo. Isso, porém, já acontecia desde o ano passado, antes mesmo de Bolsonaro acusar, sem provas, de que o pleito poderia ser fraudado.

Presidente atiçou seus seguidores a campanha contra a urna eletrônica e a favor do voto impresso. Agora recuou  

“Tenho tranquilidade porque o voto eletrônico vai ser confiável ano que vem. Porque tem uma portaria lá, do presidente do TSE, Barroso, convidando entidades para participar das eleições. Entre elas as nossas, as suas Forças Armadas.”

De tanto desacreditar no processo de votação brasileira o presidente disse que "passou a acreditar" no voto eletrônico:

“E eu determinei ao ministro da Defesa, general Braga Netto que, já que fomos convidados, aceitamos. E passamos a acreditar no voto eletrônico. E nós, das Forças Armadas, com as suas equipes de inteligências, participaremos de todo o processo eleitoral, lá do código-fonte até a sala secreta.” (fonte O Globo)